A primeira responsabilidade que a bandeira requer é a fé – festeira Nha Santana de Mato 2018

Celebra-se hoje o pico das festividades de Nha Santana de Mato, com as comemorações religiosas e a “dona” da festa disse à Inforpress que a maior responsabilidade é a fé.

Jul 27, 2018 - 12:50
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A primeira responsabilidade que a bandeira requer é a fé – festeira Nha Santana de Mato 2018

Celebra-se hoje o pico das festividades de Nha Santana de Mato, com as comemorações religiosas e a “dona” da festa disse à Inforpress que a maior responsabilidade é a fé.

Rita Fortes, a festeira de Nha Santana 2018, veio dos Estado Unidos da América juntamente com toda à sua família para fazerem a festa deste ano.

Em declarações à Inforpress, a emigrante afirmou que “a bandeira exige responsabilidades, mas a primeira responsabilidade é a fé”.

“Há já vários anos, fiz a promessa de que um dia tomaria esta responsabilidade de arcar com todas as despesas da festa de Santana, e a minha fé foi crucial para a sua idealização. Hoje, estamos aqui, a família inteira, dividindo e apoiando a alegria por ter atingido e honrado o meu compromisso”.

A festeira explicou que desde pequena os familiares contavam que foi o seu bisavô que fez o levantamento da festa de Nha Santana, na localidade de Mato Riba.

“Além de ser o mentor da festa durante muitos anos, o mesmo arranjou um cavalo que era usado somente para carregar a bandeira da festa. Nós, agora não temos o cavalo vivo, mas construímos cavalos de pau para seguir a tradição”, explicou.

A celebração eucarística foi realizada na Igreja de Nossa Senhora do Monte e como manda a tradição, os festeiros devem seguir até a casa da bandeira, na localidade de Mato, com toca de tambor, colá, e “corrê cavalo”, um trajecto que dura cerca de três horas.

Durante o trajecto, toda a comunidade que seguia a tradição tocou, cantou e houve comes e bebes oferecidos pelas pessoas envolvidas nas solenidades.

Fortes demonstrou a sua alegria publicamente por ter conseguido realizar o seu sonho, e como forma de expor isto, tomou o tambor de um dos tamboreiros e seguiu juntamente com o grupo que tocava.

“Tenho esta tradição no sangue e de todas as minhas irmãs, eu sou a que mais gosta de tocar o tambor, inclusive tenho o meu tambor nos EUA”, elucidou.
Para a festeira de Nha Santana, “estar na festa e não tocar é a mesma coisa que não fazer parte dela”.

Chegada a bandeira à casa de Nha Santana, os tamboreiros aumentaram o som da toca, enquanto as mulheres cantavam e dançavam ao toque do tambor.

A avaliação feita pelo público é “altamente positiva” e muitos dos agricultores aí presentes declararam à Inforpress que “têm fé que Nha Santana vai trazer chuva”.

MC/JMV
Inforpress/fim

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