Fogo: Água consumida sem lixívia mas com hipoclorito de cálcio em dose recomendada – Águabrava

A população da cidade de São Filipe, sobretudo da parte baixa, reclama de “provável excesso de lixívia” na água, mas a Águabrava esclarece que se trata de hipoclorito de cálcio usado no tratamento da água potável.

Nov 30, 2018 - 06:08
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Fogo: Água consumida sem lixívia mas com hipoclorito de cálcio em dose recomendada – Águabrava

A população da cidade de São Filipe, sobretudo da parte baixa, reclama de “provável excesso de lixívia” na água, mas a Águabrava esclarece que se trata de hipoclorito de cálcio usado no tratamento da água potável.

O administrador/delegado da Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava), José Rodrigues, disse a Inforpress que com a injecção de entre 250 a 300 metros cúbicos de água/dia do furo de Benexa na rede de abastecimento à cidade, a empresa aproveitou para fazer o tratamento de água com introdução de cloro (hipoclorito de cálcio) para tratamento de água para o consumo.

O furo de Benexa tem capacidade para 25 metros cúbicos/ hora e se trabalhar apenas com energia solar durante dez horas pode disponibilizar 250 metros cúbicos/dia, mas se houver necessidade pode atingir os 300 metros cúbicos/dia, trabalhando mais duas horas com energia convencional, disse José Rodrigues, aumentando assim a capacidade de abastecimento.

A exploração do furo foi concebido com sistema de tele-gestão, que permite a empresa monitorizar o seu funcionamento a partir da sede, mas sobretudo dispõe de um sistema de tratamento e desinfecção de água com cloro (hipoclorito de cálcio) que já está injectado na rede pública de abastecimento de São Filipe.

O hipoclorito de cálcio é utilizado para eliminação de eventuais micro-organismos na água, explicou o administrador/delegado da Águabrava, indicando que se avançou com o sistema de tratamento porque a partir do próximo ano a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS) via exercer um “controlo mais rigoroso” quanto à qualidade da água, não só na desinfecção mas em todos os componentes físico-químico e bacteriológico.

“Nos primeiros tempos isto pode causar alguma estranheza na população que não está habituada ao cheiro ou gosto do cloro”, disse José Rodrigues, indicando que a empresa está a regular o sistema para o mínimo recomendado, e a água chega a casa das pessoas com 0.2 PPM (percentagem por litro de água de concentração de hipoclorito de cálcio), adiantando que nos reservatórios é regulado de acordo com entrada de água, e de modo automático e em função de quantidade de agua entrada será injectado a quantidade cloro.

Nos Mosteiros, a empresa já dispõe do sistema de tratamento e agora inicia-se em São Filipe, nomeadamente São Filipe-centro e depois será instalado o sistema em São Filipe norte e sul.

Segundo o responsável da Águabrava, a empresa, além de instalar o sistema de desinfecção, vai também instalar equipamentos para verificar a questão de calcário na água, que segundo o mesmo, apesar de estar dentro do parâmetro estabelecido pelas normas de ANAS, vai-se instalar equipamentos para fazer descalcificação e tornar a água menos dura, isto é diminuindo a dureza de água em São Filipe.

Na ilha Brava não há de momento problemas porque existe um sistema de tratamento de excedente de flúor na nascente e com dessalinização, e tanto na Furna como em Esparadinha (Fajã d´Água) os equipamentos vem preparados para fazer todo o tratamento e distribuição.

“Praticamente já fizemos a água chegar a todas as localidades com excepção de nordeste da ilha do Fogo, entre Velho Manuel e Campanas de Cima”, afirmou José Rodrigues, que anunciou para os próximos dias a inauguração de rede de abastecimento às localidades de Inhuco, Zambujeiro, Aleixo Gomes, Renque e a edilidade já tem financiamento para avançar com Ponta Verde cima e Mira-Mira, sublinhando que a preocupação agora é com “a qualidade de agua”.

JR/AA

Inforpress/Fim

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