Jovem esteticista quer quebrar “tabu” em relação às ocupações profissionais em Cabo Verde

O jovem bravense, Bruno Miranda, de 23 anos, quer quebrar o “tabu” de que há trabalhos de homens e de mulheres. Neste momento, o esteticista, que reside em Palmarejo, cidade da Praia, mostra-se bastante talentoso nos cuidados e no tratamento de beleza das pessoas, sobretudo das mulheres. Contudo, espera que o país ofereça condições de acesso e formação de jovens na área, sem distinção de sexo.

Oct 10, 2019 - 04:22
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Jovem esteticista quer quebrar “tabu” em relação às ocupações profissionais em Cabo Verde

O jovem bravense, Bruno Miranda, de 23 anos, quer quebrar o “tabu” de que há trabalhos de homens e de mulheres. Neste momento, o esteticista, que reside em Palmarejo, cidade da Praia, mostra-se bastante talentoso nos cuidados e no tratamento de beleza das pessoas, sobretudo das mulheres. Contudo, espera que o país ofereça condições de acesso e formação de jovens na área, sem distinção de sexo.

Em entrevista exclusiva ao Asemanaonline, Bruno Miranda garante que, embora não tenha uma formação específica na área, começou a ganhar paixão pelos cuidados de estética e de beleza com “um simples fazer as suas próprias unhas” (manicure e pedicure), na cidade da Praia – uma das formas de combater o desemprego juvenil e de sustento da família.

“Cabo Verde precisa de formar homens na área de esteticismo e beleza. Aliás, sou dos poucos homens que trabalha nesta área. Faço unhas, massagem e tratamento corporal, limpeza facial, depilação, entre outros cuidados para, além de driblar o desemprego, quebrar o tabu e acabar com o preconceito, de que os homens não devem ocupar-se das tarefas das mulheres”, desabafa.

Com formação profissional em “Secretariado Executivo” pela Escola Técnica de Saúde e Educação da Praia, Bruno, que reside na cidade da Praia desde 2015, sonha fazer uma formação superior em esteticismo e criar a sua própria empresa no país, para desenvolver as suas atividades e integrar mais jovens, que se encontram em situação de desemprego.

“Não será tão fácil viver no desemprego nesta cidade. Por isso, um jovem pode optar por várias profissões, independentemente de ser masculino ou feminino. O importante é exercer a atividade com profissionalismo e demonstrar o talento naquilo que desempenha”, revela, acrescentando que Cabo Verde precisa de acabar com a cultura de que “as tarefas desempenhadas por mulheres não devem ser ocupadas por homens”.

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