Manuais. Ministra anuncia inquérito para apurar responsabilidades, mas os livros ficam

Os polémicos livros de matemática vão permanecer no mercado “com erratas para os professores”, disse Maritza Rosabal ao Jornal da Noite. Hoje, está prevista uma manifestação a exigir, precisamente, a retirada desses manuais.

Oct 6, 2017 - 09:36
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Manuais. Ministra anuncia inquérito para apurar responsabilidades, mas os livros ficam

Os polémicos livros de matemática vão permanecer no mercado “com erratas para os professores”, disse Maritza Rosabal ao Jornal da Noite. Hoje, está prevista uma manifestação a exigir, precisamente, a retirada desses manuais.

O Ministério da Educação vai avançar com um inquérito para apurar as responsabilidades sobre os polémicos manuais escolares (matemática sobretudo) do 1º ao 4º ano que foram postos à venda com muitos erros. Foi a própria ministra, Maritza Rosabal, quem confirmou a abertura de tal investigação, durante a entrevista que concedeu ontem, quinta-feira, 5, ao Jornal da Noite, da TCV.

A governante não explicou muito bem como será feito este inquérito, mas o seu anúncio acontece no mesmo dia em que o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, comentou o caso dos manuais afirmando que na vida pública deve haver o principio da responsabilidade e que não se deve justificar erros do presente com erros do passado.

Outro dado a reter da entrevista de Maritza Rosabal é que a pessoa mais criticada pelos erros nos manuais de matemática, a Directora Nacional de Educação, Adriana Mendonça, pediu para sair ainda antes de estalar a polémica. Motivo? Estaria cansada.

Quanto aos manuais em si – e que os pais, encarregados de educação, professores querem a sua retirada do mercado – , a ministra da Educação continua firme na sua posição, ou seja, os livros vão continuar no mercado, mas com erratas. “As erratas são mais para os professores”, disse Rosabal, sublinhando que o seu ministério está a procurar soluções para atenuar o problema dos erros, com produção de erratas, recursos às novas tecnologias, etc.

A governante insiste em apontar para a qualidade dos materiais produzidos com a ajuda da cooperação e de especialistas suecos, realçando que os mesmos são “experimentais”. Aliás, quando confrontada com o facto desses livros terem sido colocados à venda mesmo com erros, Maritza Rosabal revelou que os manuais foram distribuídos assim que chegaram a Cabo Verde. “Ninguém pensava que o manual tivesse essas questões”, confessou a ministra da Educação.

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