Sociedade bravense “cada vez mais” consciencializada e sensibilizada com o flagelo da VBG – Edite Brito

A responsável pelo Centro de Apoio às Vítimas de VBG na ilha Brava, Edite Brito, disse hoje à Inforpress que a população bravense está cada vez mais consciencializada e sensibilizada com a problemática da VBG.

Dec 28, 2018 - 14:16
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Sociedade bravense “cada vez mais” consciencializada e sensibilizada com o flagelo da VBG – Edite Brito

A responsável pelo Centro de Apoio às Vítimas de VBG na ilha Brava, Edite Brito, disse hoje à Inforpress que a população bravense está cada vez mais consciencializada e sensibilizada com a problemática da VBG.

Em entrevista à Inforpress, a responsável adiantou que ao longo de sua actuação na ilha, tem constatado que a população está mais consciente da problemática, procurando mais os serviços do centro de apoio, no sentido de pedirem esclarecimentos, informações e de apoio quando as próprias vítimas procuram o serviço.

Segundo Brito, foi registado cerca de 45 casos neste ano, com algumas oscilações em alguns meses, sendo que, a maioria dos casos foram encaminhados da esquadra policial da Brava.

Na óptica da técnica, o motivo que tem levado as vítimas a procurarem mais o centro, deve-se às diversas campanhas e trabalhos que vêm sendo realizados em torno da igualdade e equidade de género.

As vítimas, acrescentou, sentem-se mais “aptas e com mais coragem” em procurar os serviços para o bem delas.

“Nós as mulheres, não queremos passar pelas mesmas situações que os nossos antepassados passaram e mesmo as que sofrem a violência nos dias de hoje, um dia, mais cedo ou mais tarde, tomam coragem e colocam um fim na situação”, perspectivou Brito.

O plano de actividades, além de palestras, marchas, incluiu visitas domiciliárias para a realização de campanhas de sensibilização nesta matéria, actividades estas consideradas “cruciais” para a mudança de “mentalidade” e de comportamento perante os actos de VBG.

As campanhas de sensibilização e de informação sobre a função do centro e da problemática da VBG, reiterou esta responsável, “tem reflectido no aumento da procura de apoios”.

A técnica do ICIEG disse ainda estar “satisfeita” com a forma como tem sido recebida quando faz deslocações a algumas localidades, e que, apesar de algumas terem um certo receio em procurarem o Centro, acabam por procurar outros tipos de apoios, que, por sua vez, as encaminham para o serviço de apoio.

Para o próximo ano, Edite Brito pretende continuar com as campanhas de sensibilização nas comunidades, instituições, escolas e trabalhar em conjunto com outros gabinetes e serviços que lidam com esta problemática.

Aproveita para pedir a todos que sejam mais tolerantes uns com os outros, que evitem a prática da VBG e às mulheres que, sempre que necessário, não hesitem em procurar apoio.

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