PIB cresceu 17,7% em 2022

Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 17,7%, após o aumento de 6,8% em 2021 que foi precedido de uma diminuição histórica em 2020 (-19,3%), na sequência dos efeitos adversos da COVID 19 na actividade económica. Conforme os dados do INE divulgados hoje, no 4º trimestre de 2022, o PIB registou, em termos homólogos, uma variação positiva de 9,1%, em volume.

Apr 5, 2023 - 04:17
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PIB cresceu 17,7% em 2022

Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 17,7%, após o aumento de 6,8% em 2021 que foi precedido de uma diminuição histórica em 2020 (-19,3%), na sequência dos efeitos adversos da COVID 19 na actividade económica. Conforme os dados do INE divulgados hoje, no 4º trimestre de 2022, o PIB registou, em termos homólogos, uma variação positiva de 9,1%, em volume.

Conforme os dados recentemente divulgados pelo INE, na óptica da despesa, o crescimento do PIB verificado no ano de 2022, deve-se essencialmente às componentes das despesas do consumo privado e das exportações de bens e serviços.

Em relação às exportações de serviços, o resultado reflecte em parte o aumento expressivo da componente de turismo.

Do lado da oferta, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) a preços de base, apresentou no 4º trimestre uma evolução homóloga positiva de 7,9% em termos reais, diminuindo 12,5 p.p. em relação ao trimestre anterior.

Segundo o INE, o VAB do ramo da Agricultura aumentou 11,9% no 4º trimestre de 2022, contribuindo positivamente em 0,3 p.p. na variação total do crescimento do PIB.

Já o VAB do ramo das Indústrias Transformadoras registou um aumento de 2,5% (-2,1% no 3º trimestre de 2022), contribuindo positivamente em 0,1 p.p. para a variação total do crescimento do PIB.

No VAB do ramo da Construção verificou-se uma diminuição de 20,8% no 4º trimestre, tendo uma contribuição negativa de 2,0 p.p. na variação total do crescimento do PIB.

Comparativamente ao mesmo trimestre de 2021, o VAB do ramo de Comércio apresentou, no 4º trimestre de 2022, uma variação homóloga positiva de 20,8% em volume, (40,1% no trimestre anterior), traduzindo-se num contributo para a variação homóloga positiva do PIB em 2,0 p.p.

Quanto ao VAB dos ramos de Transporte e armazenagem e de Alojamento e Restauração, apresentou, em termos reais, uma variação de 34,1% e 62,9%, respectivamente, no 4º trimestre, (contribuindo em 2,2 p.p. e 3,3 p.p. respetivamente, para a variação total do crescimento do PIB).

Por sua vez, o VAB do ramo da Administração Pública teve, no 4º trimestre, uma variação homóloga de -12,4%, (-8,5% no 3º trimestre de 2022), contribuindo em -1,7 p.p. para a variação total do crescimento do PIB.

Já os Impostos Líquidos de Subsídios sobre os Produtos, em termos reais, apresentaram uma variação homóloga positiva de 16,8 % no 4º trimestre, contribuindo em 2,2 p.p. para a variação total do PIB.

Óptica Despesa

De acordo com o INE, o Consumo Final (privado e público) teve uma variação homóloga positiva de 10,8% no 4º trimestre de 2022 (18,6% no trimestre anterior).

O consumo privado aumentou 16,8% em termos reais, no 4º trimestre de 2022 (28,2% no 3o trimestre).

Já o consumo público apresentou uma taxa de variação homóloga negativa de 7,0%, em volume (-7,7% no trimestre anterior), enquanto o investimento registou uma variação homóloga negativa de 35,2%, em volume, no 4º trimestre de 2022 (-20,6% no trimestre anterior).

Exportações e Importações aumentaram

As Exportações de Bens e Serviços, em volume, desaceleraram significativamente no 4º trimestre, para uma variação homóloga de 53,4% (115,5% no trimestre anterior).

Os dados indicam que as exportações de bens cresceram 27,6% em termos homólogos (89,3% no trimestre anterior), enquanto as exportações de serviços tiveram uma variação positiva de 61,9% (128,1% no 3º trimestre).

De acordo com a mesma fonte, as Importações de Bens e Serviços, em volume, aumentaram 6,5% em termos homólogos, taxa inferior em 13,4 p.p. face ao trimestre precedente, observando-se abrandamentos nas duas componentes, para variações de 5,6% nas importações de bens (21,5% no 3º trimestre) e de 10,7% nas de serviços (12,7% no trimestre anterior).

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