Fogo: Águabrava promete acompanhar evolução da qualidade da água de Chã das Caldeiras

A Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) está a acompanhar a evolução da qualidade de água disponibilizada à população de Chã das Caldeiras e assim que mostrar necessário vai intervir e encontrar alternativa para o abastecimento.

Jan 4, 2020 - 15:06
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Fogo: Águabrava promete acompanhar evolução da qualidade da água de Chã das Caldeiras

A Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) está a acompanhar a evolução da qualidade de água disponibilizada à população de Chã das Caldeiras e assim que mostrar necessário vai intervir e encontrar alternativa para o abastecimento.

É desta forma que o administrador/delegado da Águabrava, Rui Évora, reagiu às reivindicações dos moradores de Chã das Caldeiras de que a água consumida não é de melhor qualidade.

Este disse que as águas captadas em Chã das Caldeiras têm uma “concentração elevada” de sais alcalinos, cálcio e magnésio, e que antes do início da exploração do único furo de prospecção de água subterrânea, a água apresentava uma concentração de sais totais (condutividade) na ordem dos 1.100 microsiemens por centímetros, quando o valor máximo é de 2.000.

Neste momento, sintetizou, pelas análises realizadas, oscila entre os 1.300 a 1.400, não estando assim muito longe do valor máximo admissível.

“Infelizmente há um único ponto de captação de água em Chã das Caldeiras, vamos acompanhando para ver a evolução e logo que se mostrar necessário vamos ter de intervir e a única solução é proceder o abastecimento com água auto-transportada”, disse Rui Évora, esperando que a situação não evolua negativamente, porque caso contrário terá de suspender o fornecimento a partir do furo, se ultrapassar os padrões de qualidade.

Para o administrador/delegado da Águabrava, a situação de Chã das Caldeiras é uma questão particular porque só existe um ponto de captação de água subterrânea, mas a empresa tem vindo a observar rigorosamente os padrões técnicos determinados e inclusive adoptando medidas para minimizar o problema, com a redução o tempo contínuo de exploração do furo.

Segundo o mesmo, em vez de explorar o furo durante uma hora seguida com repouso de meia hora, agora faz a exploração durante 30 minutos seguidos com uma hora de repouso para controlar esta situação.

“Estamos acompanhar a evolução da situação e por enquanto apesar de a água apresentar uma concentração elevada de sais totais (condutividade), ainda obedece os padrões de qualidade estabelecido”, disse Rui Évora, que reconhece que os valores são elevados e que, por isso, a empresa “está ciente” da situação e vai, em articulação com a câmara de Santa Cataria, “encontrar uma solução”.

Os padrões de qualidade encontram-se, segundo o mesmo, praticamente no limite e, tratando-se de um único ponto de exploração de água subterrânea, a única alternativa, caso venha a constatar uma evolução muito negativa da condutividade da água, é optar pelo abastecimento através de água auto-transportada, mas é uma medida a ser tomada em concertação com a câmara para garantir a população de Chã das Caldeiras uma água de melhor qualidade.

A situação de Chã das Caldeiras é semelhante a que exista nas zonas norte e noroeste da ilha em que a água consumida tinha elevada concentração de sais e em que as pessoas reclamavam, mas neste espaço territorial como existia outros pontos de exploração conseguiu-se ultrapassar esta situação e neste momento a água fornecida apresenta o mesmo teor de sais totais da água consumida na cidade de São Filipe.

Este disse que a situação de abastecimento de água a Chã das Caldeiras tem merecido uma “atenção particular” da empresa que aumentou de um para três o número de pontos de venda de água, construiu dois pontos de água auto-transportada e reduziu para metade (de 600 para 300 escudos) o preço da venda de água nos chafarizes, à semelhança do que aconteceu em toda a região Fogo/Brava.

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