Utentes da Brava contestam cumprimento de serviços mínimos no RNI; responsável nega falhas
Utentes da ilha Brava acusam o RNI de não cumprir serviços mínimos durante a greve, alegando que a porta da instituição permanece fechada e impede acesso a serviços urgentes. A responsável do RNI nega irregularidades e garante que todos os serviços essenciais estão a ser prestados. A greve decorre até quarta-feira em todas as ilhas.
Vários utentes da ilha Brava denunciaram hoje que os trabalhadores dos Registos, Notariado e Identificação (RNI), atualmente em greve, não estão a cumprir os serviços mínimos exigidos durante o período de paralisação. Segundo relatam, a porta da instituição aparece frequentemente fechada, dificultando o acesso a serviços considerados urgentes.
João José Delgado, porta-voz do grupo de utentes, afirmou à Inforpress que reconhece a legitimidade da greve como um direito fundamental dos trabalhadores, mas sublinhou que esse direito implica também o cumprimento das regras estabelecidas, incluindo a garantia dos serviços mínimos. Delgado questionou ainda quem está responsável por assegurar esses serviços se, conforme diz, os portões permanecem fechados e não há funcionários visíveis no local.
“Concordamos que os trabalhadores têm todo o direito de lutar por melhores condições, mas os utentes também têm direito ao atendimento básico. Muitas pessoas chegam ao local e encontram a instituição fechada, apenas com alguns avisos nas portas”, afirmou, alertando que situações desse tipo podem configurar atos puníveis pela justiça.
A responsável do RNI na Brava, Catiza de Pina, rejeita as acusações. Segundo ela, apesar da porta permanecer fechada ao público devido ao contexto de greve, os trabalhadores estão a cumprir rigorosamente os serviços mínimos determinados, garantindo atendimento em casos essenciais.
“Foram afixados nos portões avisos sobre a greve, marcada para os dias 17, 18 e 19, com informação clara sobre os serviços disponíveis e contactos dos funcionários, caso seja necessário”, explicou.
A greve dos trabalhadores do RNI decorre até quarta-feira e deverá afetar o funcionamento dos serviços de registos em todas as ilhas, operando exclusivamente com serviços mínimos durante o período de paralisação.
















