Cabo Verde reduz pobreza extrema de 13% para 2,8% em oito anos, anuncia Governo

Cabo Verde reduziu a taxa de pobreza extrema de 13% para 2,8% em oito anos, graças a políticas de inclusão produtiva, apoios sociais e investimentos comunitários. O Governo atribui o avanço à estabilidade económica e ao foco no desenvolvimento social.

Jul 12, 2025 - 10:44
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Cabo Verde reduz pobreza extrema de 13% para 2,8% em oito anos, anuncia Governo

O Governo de Cabo Verde anunciou uma redução histórica da pobreza extrema, que caiu de 13% para apenas 2,8% da população entre 2017 e 2025. O dado foi revelado pelo Ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, durante uma visita à Associação Escola Vida, em Terra Branca, e a projetos sociais na Zona 4, em Ponta d’Água.

Segundo o governante, o avanço é fruto de políticas públicas focadas na inclusão produtiva e no apoio social direto, que têm gerado resultados concretos e transformadores nas comunidades. “Oito anos atrás, entre 12% e 13% da população cabo-verdiana vivia em situação de pobreza extrema. Hoje, essa realidade mudou radicalmente, e o número caiu para 2,8%”, afirmou.

Fernando Elísio Freire destacou que essa conquista está diretamente ligada a uma estratégia centrada na geração de renda e na autonomia das famílias. “Hoje vemos pessoas que antes não tinham qualquer fonte de rendimento agora a trabalhar na agricultura, com acesso a microfinanciamento, tarifas sociais de água e luz, e subsídios para creches”, explicou.

Outro eixo de intervenção mencionado pelo ministro foi a requalificação de espaços comerciais desocupados do programa Casa para Todos, que foram transformados em centros comunitários e entregues a organizações da sociedade civil. Esses espaços agora abrigam projetos de apoio à infância, juventude, cultura e educação, funcionando como pólos ativos de transformação social dentro dos bairros.

Para o ministro, os avanços sociais registados também são sustentados pela estabilidade macroeconómica e pelo crescimento económico que o país tem experimentado nos últimos anos. “É este crescimento que nos permite apoiar 10 mil pessoas com rendimento de inclusão social, dois mil com inclusão produtiva e mais de 100 associações com espaços de ação comunitária”, concluiu.