“O vinho de Fogo não é apenas uma bebida, é história viva, é tradição enraizada e é o orgulho do povo”, diz Nuías Silva

O presidente da Câmara de São Filipe, Nuías Silva, disse ontem que o vinho de Fogo não é apenas uma bebida, mas é uma história viva, uma tradição enraizada e o orgulho do povo de Fogo.

Dec 3, 2025 - 17:24
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“O vinho de Fogo não é apenas uma bebida, é história viva, é tradição enraizada e é o orgulho do povo”, diz Nuías Silva
O também presidente da Associação dos Municípios do Fogo e da Brava, que falava na abertura do Provinho 2025, destacou com “emoção” o valor simbólico e histórico do vinho produzido na ilha.
Nas palavras do autarca, o Fogo não é apenas a ilha do vulcão, é também o berço de uma das tradições vitivinícolas mais singulares de Cabo Verde e, quiçá, da África, nascida nas encostas férteis moldadas pela força da natureza.
“Desde o século XIX, quando colonos, missionários, agricultores e comunidades locais iniciaram a plantação das primeiras vinhas nas terras negras e férteis da Chã, o vinho do Fogo transformou-se num verdadeiro símbolo identitário”, disse Nuías Silva, para quem “o vinho de Fogo não é apenas uma bebida, é história liquida, é tradição engarrafada e é o orgulho dos foguenses”.
O edil sublinhou que cada garrafa traduz a coragem e a resiliência de gerações que dominaram técnicas ancestrais transmitidas de pais para filhos.
Entre os grandes desafios, Nuías Silva destacou a melhoria contínua da qualidade, a certificação DOC Fogo, a modernização das adegas, a sustentabilidade hídrica e a integração plena na cadeia de valor nacional e internacional.
No dizer do edil, o Provinho reúne produtores, investigadores, empresários e investidores, actuando como uma plataforma estratégica para impulsionar o ecoturismo, a agroindústria e a internacionalização dos produtos foguenses.
O presidente lembrou ainda o papel central das autoridades locais na promoção de um desenvolvimento sustentável, baseado na valorização da produção tradicional.
A recente declaração do Fogo como Zona Económica Especial, salientou, abre portas a novas oportunidades, especialmente no agroturismo, na ciência do vulcão e na transformação agroindustrial.
O autarca destacou projectos como a futura Enoteca de São Filipe e o primeiro parque agroalimentar da ilha com duas componentes, a de agroindústria e o novo modelo económico, reforçando a ambição da ilha.
Nuías Silva sublinhou também a necessidade de soluções estruturantes para a mobilidade interilhas, defendendo a criação de uma empresa intermunicipal de transportes marítimos que garanta competitividade, reduza custos e integre Fogo e Brava no circuito económico nacional.
O edil reforçou que o “novo Fogo” é competitivo, atrativo e preparado para receber investimentos, sempre com o vinho como símbolo maior da alma da ilha.
Inforpress