Brava: ICCA pretende trabalhar de “mãos dadas” com as escolas na sensibilização sobre a responsabilização parental

A psicóloga do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) na Brava afirmou hoje que pretende trabalhar de mãos dadas com as escolas da ilha para a sensibilização sobre a responsabilização parental.

Mar 1, 2023 - 03:19
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Brava: ICCA pretende trabalhar de “mãos dadas” com as escolas na sensibilização sobre a responsabilização parental

A psicóloga do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) na Brava afirmou hoje que pretende trabalhar de mãos dadas com as escolas da ilha para a sensibilização sobre a responsabilização parental.

Mileida Cabral falava à Inforpress, após uma palestra sobre a responsabilização parental, ministrada na Escola Básica de Nossa Senhora do Monte (EBNSM), organizada também em parceria com o Complexo Educativo de Nova Sintra (CENS), com o intuito de sensibilizar os pais e encarregados da educação sobre as suas responsabilidades, acreditando que com isso vai mudar o comportamento dos alunos nas escolas e na sociedade em geral.

Segundo a mesma fonte, a sensação foi de muita alegria, justificando que “é difícil reunir tantos pais e encarregados da educação numa actividade do tipo” e hoje contou com uma participação massiva.

Com a interacção da plateia, Mileida Cabral diz acreditar que a mensagem foi clara e que conseguiu passá-la, pedindo aos pais para estarem mais perto das escolas, pois a eles cabe a função e a responsabilidade de educar os filhos, sublinhando que a escola tem somente a função de complementar aquilo que deve ser transmitido em casa.

Para este ano, informou que estão programadas diversas actividades e que o ICCA vai trabalhar de mãos dadas com as escolas para a realização das mesmas, de forma a sensibilizar e mostrar aos pais e encarregados da educação as diversas problemáticas que estão assolando a sociedade e a função de cada um para “minimizar” esta situação.

Dentro desta actividade, Vergílio Pires, director da EBNSM também demonstrou a sua satisfação pela participação “massiva” dos pais e encarregados da educação, realçando que é a primeira vez que organizam uma actividade do tipo e conseguem uma plateia assim repleta.

Sobre o tema, considerou-o como sendo de interesse geral, destacando que na sociedade, “muitos pais ainda abrem mão daquilo que deve ser os cuidados, acompanhamento e responsabilidade com os filhos em todos os sectores, incluindo a educação”.

Mas, com esta palestra, diz acreditar que saíram do local sensibilizados, motivados e engajados com esse compromisso no sentido de poder acompanhar e seguir os filhos para que a educação e o comportamento sejam cada vez melhores.

Este responsável enfatizou ainda que essa cção a não termina hoje, reforçando que é um ciclo que pode ser estendido a outras comunidades para atingir os pais que normalmente não se deslocam das suas zonas para participar em actividades do tipo.

Além disso, sustentou que pretendem trazer outros temas no sentido de partilhar informação, esclarecer, informar os pais com relação a diversos assuntos de interesse dos mesmos e que têm a ver com as escolas e a sociedade em geral, de forma a construir famílias, sociedade e a viver melhor.

Por seu turno, Milena Gomes, subdirectora para assuntos sociais no CENS, explicou que o intuito desta parceria é informar e sensibilizar os pais acerca das suas responsabilidades e o papel que possuem na educação dos filhos.

Segundo a mesma, em todas as escolas do agrupamento o assunto, considerado como sendo o “mais preocupante”, tem sido encarado como falta de responsabilidade por parte dos pais, justificando assim o início desse ciclo de palestras e campanha de sensibilização com esse tema que pretendem alargar para todas as escolas e comunidades da Brava.

Da parte dos pais e encarregado da educação, Daniel Lobo considerou esse encontro como “muito especial” porque ajuda e orienta muito no processo da educação que hoje tem perdido alguns valores.

Quanto à perda de valores, relembrou que os pais é que são o exemplo dos filhos e se querem ter uma sociedade organizada vai depender do comportamento de cada encarregado de educação e pais e o que transmitem às crianças.
Daí realçou que é preciso impor limites e não deixar as “crianças vulgares”, indicando que existem liberdades, mas que também há que ter limites.

Nesse sentido, pede a cada pai e a toda a sociedade para se unir e mudar o cenário que hoje a sociedade está atravessando, reforçando que tudo tem que estar em sintonia.

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