Brava: Moradores de Fajã começam a desanimar com situação do isolamento

Os moradores de Fajã d’Água, na Brava, já começaram a desanimar com a situação do isolamento, principalmente por não ter uma “luz verde” para quando a construção da estrada para voltar a movimentar a zona.

Mar 11, 2023 - 07:23
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Brava: Moradores de Fajã começam a desanimar com situação do isolamento

Os moradores de Fajã d’Água, na Brava, já começaram a desanimar com a situação do isolamento, principalmente por não ter uma “luz verde” para quando a construção da estrada para voltar a movimentar a zona.

Em declarações à imprensa, a presidente da associação local, Helena Baptista, contou que há já cerca de uma semana que a máquina que estava a trabalhar na construção de taludes e de seguida derrubar a outra parte instável da rocha no local da derrocada, não está a trabalhar.

Conforme realçou, a informação que a população possui é que a máquina se encontra avariada e o profissional que estava a trabalhar nela até já viajou.

E, segundo a mesma fonte, mesmo sem data, ver a máquina a trabalhar nestas rochas apresentava um certo “alento” aos moradores, porque, no fundo, alimentavam a esperança de ver a estrada refeita, tirando assim a comunidade do isolamento que foi submetido por causas naturais, mas também devolver a zona turística um pouco da movimentação que já estava acostumada.

“Quando houve a derrocada inventamos uma vereda pedonal até chegar à estrada, e para melhorar a via, foram feitas algumas melhorias nesse troço permitindo maior segurança na circulação das pessoas”, contou Helena Baptista, realçando que a situação ficou na mesma em relação a via de automóvel.

Esta dirigente pede a quem de direito para “ver com outros olhos” esta situação porque eles também são seres humanos, embora numa zona pequena, mas que têm o direito de ter entrada e saída.

“É uma situação que nem dá para explicar como estamos a passar, porque não temos nada. Não temos ninguém para nos apoiar, a não ser o apoio dos familiares emigrados porque é uma zona que depende da pesca e como nessa época que não é possível os botes saírem para a pesca complicando a situação”, disse Helena Baptista, justificando que a comunidade já está a se sentir “desanimada”.

Pois, segundo a mesma, se não há como sair no mar, se não há turistas ou visitas para movimentar a zona e permitir pelo menos os donos dos bares e estabelecimentos comerciais e turísticos ter algum rendimento a população torna-se totalmente dependente, correndo o risco de passar necessidades.

Em relação à questão da saúde, avançou que não têm de se queixar porque a equipa da Delegacia de Saúde da Brava desloca-se a esta localidade uma ou duas vezes por semana conforme necessidade, mas nas outras áreas a situação está cada vez mais complicada.

Contactado pela Inforpress, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, disse que a situação da estrada “é complicada”, realçando que da parte do Governo e da câmara há toda a vontade, empenho e desejo de ver resolvida a situação.

Entretanto, evidenciou que é de reconhecer a complexidade deste trabalho e as dificuldades que uma ilha como a Brava tem, onde não há empresas de grande porte, não há equipamentos disponíveis para substituição quando há avarias, e que neste momento as obras estão paralisadas à espera de peças para reparação da máquina e de seguida será feita a retoma dos trabalhos.

A localidade de Fajã d’Água encontra-se isolada desde o passado dia 21 de Janeiro, após uma derrocada.

 

Inforpress

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