CABO VERDE VAI ENTREGAR EXPLORAÇÃO DE POZOLANA DE SANTO ANTÃO À CIMPOR

A cimenteira portuguesa Cimpor vai iniciar dentro de 18 meses a exploração de pozolana na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, num investimento de 341 milhões de escudos, conforme acordo assinado e prevê gerar cerca de 100 postos de trabalho diretos.

May 5, 2023 - 12:56
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CABO VERDE VAI ENTREGAR EXPLORAÇÃO DE POZOLANA DE SANTO ANTÃO À CIMPOR

A cimenteira portuguesa Cimpor vai iniciar dentro de 18 meses a exploração de pozolana na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, num investimento de 341 milhões de escudos, conforme acordo assinado e prevê gerar cerca de 100 postos de trabalho diretos.

O prazo está estabelecido na minuta do contrato de concessão para exploração de pozolana entre o Estado de Cabo Verde e a Cimpor que foi assinado na cidade do Porto Novo, definindo que nos próximos 30 anos a empresa portuguesa vai poder explorar as jazidas de pozolana existente na zona do cemitério de Fundão para produção do cimento pozolânico.

A exploração vai abarcar uma área de 108 hectares para a produção de cerca de meio milhão de cimento, mas com potencial de cerca de 790 hectares, e cerca de 4,7 milhões de toneladas de produção.

Para o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, que acompanhou a assinatura por videoconferência a partir da cidade da Praia, trata-se de um “passo importante” para a promoção da dinâmica económica da ilha mais a norte de Cabo Verde.

“Concretamente, esta concessão vai possibilitar a criação de condições para a produção de cimentos em Santo Antão com pozolanas para servir o mercado cabo-verdiano e, quiçá, para o mercado internacional”, projetou o governante, entendendo que a fábrica vai ter um “impacto muito grande” ao nível das externalidades para todo o setor da construção civil.

Considerando que o projeto tem “um potencial enorme de crescimento”, gerando mais empregos e rendimentos para os jovens, Olavo Correia disse que o Governo vai fazer tudo para que a exploração arranque antes dos 18 meses previstos.

Citado pela Inforpress, o administrador da Cimpor, João Brito e Cunha, garantiu que dentro de 18 meses a unidade de produção estará a funcionar, gerando, num primeiro momento, “mais de 40 postos de trabalho diretos”.

Além da instalação de novos equipamentos, a Cimpor prevê ainda, nesta primeira fase, investir na instalação de uma central fotovoltaica, para alimentar a unidade de produção e apoiar as comunidades.

Para a cimenteira portuguesa, “trata-se de um investimento crucial para o desenvolvimento da sua atividade”, bem como “para o crescimento da economia local”.

Presente em Cabo Verde desde 2005, a Cimpor afirma ser líder no mercado de cimento, de cimentos cola e de aço, e assume a produção de betão e agregados como uma prioridade, tendo investido mais de seis milhões de euros na instalação de duas novas centrais de britagem e duas novas centrais de betão nas ilhas de Santiago e do Sal.

A empresa é detida atualmente por um dos principais grupos económicos da Turquia (Oyak) e já depois dessa aquisição, o presidente da Oyak Cimento, Suat Çalbiyik, reuniu-se, em fevereiro de 2020, na Praia, com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia da Silva, tendo transmitido o interesse da empresa em diversificar os seus investimentos e negócios em Cabo Verde.

 

Terra Nova

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