RETROSPECTIVA/Brava: Ilha ficou marcada por acontecimentos naturais que revelaram fragilidades locais

A ilha Brava ficou marcada por alguns acontecimentos naturais, como a derrocada da estrada de Fajã d´Água, as chuvas torrenciais e os constantes tremores de terra no final do ano que colocaram a nu as fragilidades da ilha.

Jan 2, 2024 - 15:05
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RETROSPECTIVA/Brava: Ilha ficou marcada por acontecimentos naturais que revelaram fragilidades locais

O ano foi de muitos sobressaltos, iniciados com a derrocada da estrada de Fajã d´Água, que deixou a zona completamente isolada, logo no início do mês de Janeiro, tendo sido construída uma via pedestre, mas a retoma da ligação automóvel só ocorreu dois meses depois da derrocada, apesar das diversas reclamações da comunidade para acelerar este processo.

Entretanto, mesmo com as intervenções, as derrocadas continuaram e no mês de Setembro, aquando da última derrocada, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, informou, em entrevista à Inforpress, que a empresa Estradas de Cabo Verde tinha em curso o estudo de abertura de um novo caminho a partir da via que liga Esparadinha/Fajã d’Água/Palhal.

A onda dos acontecimentos naturais teve continuidade e no início do mês de Setembro a ilha sofreu com a queda das chuvas, em que várias localidades ficaram inundadas.

No final do mês o Governo declarou estado de calamidade, devido às consequências das chuvas fortes.

Após estas situações, a comunidade bravense foi surpreendida no final do mês de Outubro com um tremor de terra de magnitude de 4 a 4,5 na escala de Richter, acontecimento que abalou toda a comunidade, pois, esta situação permaneceu por vários dias e o que a população mais reclamou foi a ausência de informações de fontes oficiais e credíveis face à situação.

Diante deste cenário foi enviado à ilha Brava uma equipa do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, acompanhada de outros técnicos para trabalhar no reforço das acções de sensibilização junto das escolas, comunidades e autoridades locais, e uma visita do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, para se inteirar da situação.

A área Social ficou ainda marcada por casos de Violência Baseada no Género (VBG), agressão e casos de violação sexual de crianças, com realização de algumas actividades de sensibilização por parte das diversas entidades e forças vivas da sociedade no sentido de dar combate e minimizar estas situações, mas também sobre a responsabilização parental.

Nas áreas da Saúde e da Cooperação, a ilha Brava recebeu missão médica, do “Project Health for Cape Verde” (PHCV), viu a criação do seu posto de Transfusão Sanguínea, campanha de rastreio do cancro da mama, útero e próstata promovida em parceria com a Associação Cabo-verdiana de Luta Contra o Cancro, campanhas de doação de sangue, feiras de saúde em diversas localidades, entre outras acções.

No capítulo Cultural, a ilha sobressaiu na realização das festas juninas, diversas actividades ligadas ao Festival Sete Sóis Sete Luas e o espetáculo musical no quadro da 10ª edição da Morna Fest.

Na área do Ambiente, a ilha destacou-se com os projectos realizados pela Associação Biflores, em matéria de sensibilização à preservação ambiental, plantas endémicas, entre outras espécies, campanhas de desparasitação e castração de animais efectuadas pela Associação Bons Amigos, e o envolvimento das escolas nas campanhas de sensibilização ambiental.

No quadro económico, os comerciantes e empreendedores turísticos continuaram a reclamar dos prejuízos causados pela irregularidade das viagens de ligação de e para a Brava, realização da Feira Agropecuária e Inovações-FAI’23 e o firmar da feira livre.

No sector do Desporto realizaram-se diversas intervenções na ilha, realização de provas em diversas modalidades, entre outros.

A ilha ficou marcada também pela visita de vários ministros do elenco governamental.

Inforpress

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