António Varela defende “mudança sísmica” na liderança de Cabo Verde: “O futuro pertence a todos nós — não apenas a alguns”

Para Varela, a transformação de que Cabo Verde necessita não virá de medidas isoladas, como “um novo avião” ou “um discurso político”, mas sim de uma acção coletiva e consciente do povo cabo-verdiano. “A mudança deve ser construída por nós — juntos. E deve ser transformadora — uma viragem completa de 360 graus”, declarou.

O texto, que circula como um manifesto político e social, coloca em destaque as principais reivindicações da sociedade cabo-verdiana: habitação digna, saúde como direito universal, segurança nas ruas e educação inclusiva que não obrigue os jovens a emigrar em busca de melhores oportunidades.

Varela sublinha ainda a necessidade de integrar todas as ilhas e comunidades neste processo, de Brava a São Nicolau, de Santiago a Santo Antão, garantindo que ninguém fique para trás. No mesmo tom, lança uma mensagem direta à diáspora, considerando-a parte fundamental da reconstrução nacional. “Não são estrangeiros. São Cabo Verde. Trazem conhecimento, competências e capital. E agora devemos estender o tapete vermelho para que regressem e nos ajudem a reconstruir esta nação”, apelou.

A sua reflexão desenha um cenário de urgência e esperança, destacando que os “ventos da mudança” já se fazem sentir em conversas, protestos e no coração do povo. “Se pararmos agora, a mediocridade vence. Se pararmos agora, Cabo Verde perde. Mas nós não vamos parar. Nós vamos erguer-nos. Nós vamos construir. Nós vamos transformar”, insistiu.

No fecho, Varela reforça a ideia de que o momento é decisivo e que o país não pode mais esperar: “A hora é agora. O povo está pronto. A mudança já começou. E juntos — juntos — vamos vencer!”.