Cabo Verde entre os países com maiores taxas de permanência ilegal nos EUA, segundo estudo americano

Cabo Verde apresenta uma das maiores taxas de permanência ilegal nos EUA, com 25,7% dos vistos estudantis e 12,8% dos vistos de turismo excedendo o prazo permitido. O relatório do Center for Immigration Studies alerta que o país pode ser incluído em futuras restrições de entrada impostas por Washington, devido ao alto risco de overstay.

Jul 17, 2025 - 07:29
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Cabo Verde entre os países com maiores taxas de permanência ilegal nos EUA, segundo estudo americano

Um relatório do Center for Immigration Studies apontou que Cabo Verde apresenta uma das mais altas taxas de permanência ilegal (overstay) entre cidadãos estrangeiros que entram legalmente nos Estados Unidos com visto temporário, especialmente nos vistos F, M e J (estudantes, intercambistas e acadêmicos). Segundo o relatório, 25,7% dos cabo-verdianos com esses tipos de vistos permaneceram nos EUA além do período autorizado em 2023. Para vistos de turismo e negócios (B), a taxa foi de 12,8%.

Esses dados colocam Cabo Verde acima de vários países que já foram incluídos nas proibições de entrada anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump em sua proclamação de 2025, que tem como base, entre outros critérios, as taxas de overstay e riscos à segurança nacional. “Os cidadãos de alguns países apresentam riscos significativos de permanecer além do prazo permitido, o que sobrecarrega as autoridades de imigração e segurança dos EUA”, afirmou Trump no documento.

Apesar de Cabo Verde ainda não figurar entre os 19 países com entrada restrita, o relatório alerta que o país está na zona de risco, sendo um dos 31 com taxas superiores à de países já sancionados. Especialistas sugerem que, se a política de restrição for ampliada, Cabo Verde poderá ser incluído em futuras listas de suspensão parcial ou total de entrada.

O relatório reforça a importância de acordos de cooperação entre países emissores e os Estados Unidos para controle migratório, compartilhamento de informações e aceitação de cidadãos deportados — fatores também considerados na avaliação de risco do governo americano.