A minha palavra não é contra quem Hoje governa — porque esses já sabemos o que fazem, sai um entra outro e só prometem, respondem com discursos bem elaborados, com projetos arquivados, com relatórios e justificações. O que lhes faltam não são argumentos e quem os defendam.
É a verdadeira responsabilização.
Por isso, as minhas perguntas são para o povo da Brava. Para os que lá vivem. Para os que dizem que amam a ilha. Para os que a abandonaram emocionalmente, mesmo estando fisicamente presentes.
Para os JOVENS da Brava:
1- Até quando vais continuar a aceitar o tédio como rotina e o álcool como distração?
2-Vais esperar que alguém de fora construa o teu futuro por ti?
3- Porque é que não apareces, não reclamas, não protestas — a sério?
4- Vais continuar calado só porque um familiar teu trabalha ou exerce um cargo ou teme represálias?
Para os ADULTOS:
1- Estás mesmo satisfeito com o pouco que tens ou simplesmente habituaste-te ao mínimo?
2-Vais continuar a esconder a tua indignação atrás da lealdade por uma "camisola que nem é seu número"?
3- E quando mudarem os poderes — o que muda na tua vida?
4- O teu silêncio é proteção ou é desistência?
Para os IDOSOS:
1- Que herança queres deixar?
2- O silêncio de hoje garante dignidade aos teus netos amanhã?
3- Que memória queres que a Brava tenha de ti?
1- Só queres vir para celebrar e sair?
E durante o ano? E fora do São João?
2- Tens orgulho em investir EM TEMPO DE festas e lamento?
3- Queres uma ilha para visitar ou uma ilha com futuro?
1- Até quando vamos aceitar este ciclo de promessas e esquecimentos?
2- Vamos continuar a chamar de “normal” esta falta de transporte, de investimento, de oportunidades?
3- Não está na hora de parar de apontar o dedo ao governo — e começar a olhar para dentro?
A Brava não vai mudar com discursos. Vai mudar com presença. Com união. Com voz ativa. Não se trata de política. Trata-se de dignidade.