Avião com destino a Cabo Verde desvia para Gatwick após problema técnico
Um voo da TUI com destino a Cabo Verde foi desviado para o aeroporto de Gatwick, no Reino Unido, após uma falha técnica a bordo de um Boeing 737 MAX 8. O incidente ocorreu no dia 5 de julho de 2025 e terminou com um pouso seguro, mas reacendeu preocupações sobre a segurança do modelo e causou transtornos a dezenas de passageiros.

Um voo da companhia aérea TUI Airways com destino a Cabo Verde foi forçado a desviar dramaticamente a rota neste sábado, 5 de julho, após o surgimento de uma falha técnica durante o trajeto. A aeronave, um Boeing 737 MAX 8 com o número de voo BY864, partiu do aeroporto de East Midlands (Nottingham) com destino à cidade de Rabil, na ilha da Boa Vista, mas acabou por aterrar no aeroporto de Londres Gatwick por motivos de segurança.
O voo, que deveria proporcionar aos passageiros uma viagem tranquila até às praias tropicais de Cabo Verde, acabou transformando-se numa experiência tensa. A descolagem ocorreu às 08h45 (hora local) com um atraso de quase uma hora. A aeronave, registada como G-TUMF, atingiu a altitude de cruzeiro de 35.000 pés e seguia normalmente sobre a França quando a tripulação detectou um problema técnico ainda não especificado. Sobrevoando a região da Bretanha, os pilotos iniciaram uma descida controlada e contactaram o controlo de tráfego aéreo, decidindo pelo desvio.
Os controladores aéreos orientaram então a aeronave em direção ao aeroporto de Gatwick. Ao aproximar-se do espaço aéreo britânico, o avião executou múltiplas voltas de espera a altitudes entre 4.000 e 6.000 pés, enquanto as equipas de emergência se preparavam para o pouso. O avião aterrissou com segurança na pista 26L às 12h30 e foi imediatamente conduzido para uma posição remota, onde aguardavam engenheiros para realizar uma inspeção técnica detalhada.
Apesar do susto, não foram registados feridos, e a TUI afirmou que está a prestar assistência aos passageiros afetados, que viram as suas férias interrompidas. A companhia ainda não divulgou se o voo será retomado ou se os passageiros serão realocados noutro avião.
Este incidente reacende as preocupações em torno do Boeing 737 MAX 8, modelo que já esteve envolvido em dois acidentes fatais em 2018 e 2019, levando à sua suspensão temporária em todo o mundo. Embora tenha sido recertificado para operação, cada novo episódio com este modelo continua a gerar ansiedade entre passageiros e especialistas em aviação.
A TUI, uma das maiores operadoras turísticas da Europa, enfrenta agora a pressão de esclarecer o ocorrido e reforçar a confiança do público em plena época alta de verão. O incidente também tem impacto potencial no setor turístico de Cabo Verde, que depende fortemente do tráfego aéreo europeu durante os meses de julho e agosto.
Segundo relatos de entusiastas da aviação nas redes sociais e plataformas de rastreamento de voos, o desvio incluiu procedimentos de queima de combustível antes do pouso, prática comum para reduzir o peso da aeronave em situações de emergência.
O Boeing 737 MAX 8 permanece no aeroporto de Gatwick, onde passará por avaliações adicionais antes de qualquer eventual regresso à operação. As autoridades britânicas e a própria TUI continuam a investigar o incidente. Enquanto isso, passageiros em toda a Europa observam atentamente, lembrando que, embora os céus sejam seguros, a aviação continua a depender de uma rede altamente complexa de decisões humanas, tecnologia e fatores imprevistos.