Brava: Alcione Centeio – uma jovem que viu na beleza uma forma de sustento e de ocupar o tempo

Alcione Centeio é uma jovem de 29 anos, natural da ilha do Fogo, que veio morar na Brava, onde construiu a família e decidiu investir nos serviços de manicure e pedicure.

Sep 6, 2019 - 05:55
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Brava: Alcione Centeio – uma jovem que viu na beleza uma forma de sustento e de ocupar o tempo

Alcione Centeio é uma jovem de 29 anos, natural da ilha do Fogo, que veio morar na Brava, onde construiu a família e decidiu investir nos serviços de manicure e pedicure.

A Inforpress foi conhecer um pouco a história desta jovem, que trabalha numa área em que na ilha só existem três espaços que oferecem este serviço.

Alcione Centeio contou que até há dois anos, nunca tinha trabalhado com manicure de uma forma profissional, a não ser como lazer ou a pedido dos seus familiares, uma vez que este não era o seu principal sonho.

Explicou que ao chegar à Brava, por “falta de opção e como uma forma de procurar sustento”, iniciou esta actividade de “fazer unhas, e agora o que já não quer e que nem lhe passa pela mente é parar, na medida em que hoje a arte de manicure e pedicure transformou-se numa “paixão”.

A jovem empreendedora salientou que já lá vão dois anos que já está a dedicar a este ramo de actividade e por ser uma jovem de uma outra ilha, ter o número de clientes que possui e que está aumentando dia após dia e ver a satisfação destes ao final de cada “obra de arte”, é um “orgulho e uma felicidade sem fim”.

Aliás, pode-se dizer que é um dom que possui e que foi se aperfeiçoando aos poucos com a prática, notou.

“Nunca fiz nenhuma formação na área. A única coisa foi um estágio de uma semana que fiz num salão na Praia e daí abri asas para novas descobertas, aperfeiçoamento e aprendizagem de novas técnicas, através dos meus meios e no dia-a-dia no serviço”, revelou a manicure.

Questionada sobre os lucros, visto que na ilha só existem três opções de espaços para manicure e pedicure, Alcione garantiu que, além dos muitos gastos que possui, o que ganha e com o número de clientes que atende diariamente “dá para sustentar e viver bem”.

Até estranhou o facto de muitos jovens dizerem que na ilha não há trabalho ou que não há oportunidade para eles.

“Não é que não há oportunidade ou trabalho para os jovens, mas sim são os jovens da ilha que não querem trabalhar, pois em nenhuma ilha, caso não se levantarem para procurar, nunca vão encontrar nada para fazer”, salientou a jovem.

Segundo a mesma, aonde quer que seja ou que estejam, é preciso “levantar, fincar os pés e procurar com garra”.

Deu exemplo da sua própria pessoa, que começou com pouco, quase nada, mas agora já está avançada e aos poucos adquiriu tudo o que possui agora.

Explicou que no início recebia os seus clientes em casa, mas hoje já possui um espaço propício para o serviço e no seu salão faz gelinho, alongamento, aplicação de unha, unha normal e pedicure completo.

Aos jovens, principalmente os bravenses, pede-lhes que corram atrás dos seus sonhos e caso não der certo que procurem uma outra coisa para fazer, até conseguirem alcançar os seus objectivos, porque, acrescentou, ela ainda não desistiu de ser aeromoça, o seu sonho desde pequena, que viu adiado, por falta de meios e recursos para continuar os estudos.

MC/JMV

Inforpress/fim

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