Brava: Moradores de Fajã d´Água temem um novo isolamento com a aproximação da época das chuvas

Os moradores da comunidade de Fajã d’Água, na ilha da Brava, edem a intervenção urgente do Governo, de forma a evitar episódios “trágicos” com o desabamento de rochas na estrada local com o aproximar da época das chuvas.

Jul 7, 2023 - 06:20
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Brava: Moradores de Fajã d´Água temem um novo isolamento com a aproximação da época das chuvas

A localidade esteve completamente isolada desde o passado dia 21 de Janeiro, na sequência de uma derrocada que levou parte da estrada, tendo sido construído logo depois, em alternativa, um caminho vicinal para a circulação das pessoas dessa localidade e para os visitantes que, mesmo após o isolamento, se deslocam à zona.

No passado dia 19 de Março, a estrada foi reaberta após algumas intervenções que permitiram improvisar uma via carroçável.

Porém, no mês de Abril, os condutores reclamaram do perigo que este troço começou a constituir para os utentes e moradores, uma vez que não tem sido feita a manutenção do mesmo.

No início do mês de Maio, a ministra das Infraestruturas fez uma visita à ilha Brava e, segundo o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, em declarações à Inforpress, a governante “determinou o início das obras para a reposição da normalidade das ligações à localidade e em segurança”.

Entretanto, em declarações à imprensa, os moradores e condutores reclamaram das condições que estas se iniciaram, defendendo que “estas não são as condições adequadas e exigidas por uma obra desta envergadura”, e as obras acabaram por sofrer um interregno e até então não se iniciaram.

Sónia Baptista, uma moradora desta localidade, contou que a situação se encontra na mesma, não tem havido obras de melhorias no troço de estrada onde houve a derrocada e com o aproximar da época das chuvas a comunidade se encontra apreensiva com medo de uma outra derrocada.

Pois, conforme realçou, há crianças, há idosos, e a promessa era que iniciassem os trabalhos ainda em Maio, mas até então nada foi feito, a não ser um grupo de rapazes que colocaram no local a “brincar” para depois receberem o dinheiro, porque o trabalho a ser feito no local é um trabalho de máquina, não de pá e picareta.

Ainda, avançou que dentro da localidade dependem do mar e das obras particulares, mas não há outra alternativa.
Igualmente, Luísa da Silva é uma moradora desta localidade, que diferente da outra entrevistada, já é uma pessoa adulta e para se locomover tem de ser em cadeira de rodas, um factor que aumenta ainda mais a sua preocupação, porque se a localidade voltar a ficar isolada diz não saber o que fazer.

Realçou que não consegue subir pelo caminho pedonal que foi construído na época da derrocada, e com a queda das chuvas o local ficará numa situação mais complicada, porque é tudo de terra abatida.

No passado mês de Junho, o presidente da câmara, Francisco Tavares, em entrevista à Inforpress, reconheceu que as obras a serem feitas não serão “fáceis”, acrescentando que é uma área de cerca de 65 metros, mas que exige uma maquinaria pesada e a construção de muros que em determinados pontos ultrapassam os 10 metros de altura, exigindo que a própria base inicie com pelo menos três metros de largura.

Mas, sobre o início das obras e o estado do troço de estrada que se encontra num estado crítico, disse que se encontra esgotado de pedir ao Governo e alerta para a necessidade de fazer esta intervenção, avançando que possui informações de que os rocheiros chegarão à Brava na próxima segunda-feira.

Igualmente, sobre a promessa feita pela ministra da assinatura de um protocolo com a autarquia para terminar a requalificação do Centro Histórico de Nova Sintra, principalmente a Rua Direita, também não há sinais de efetivação até agora.

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