Brava: Operadores económicos admitem melhorias com normalização da ligação marítima
Os operadores económicos da ilha Brava admitiram hoje que com a normalização da ligação marítima a situação tem vindo a melhorar, entretanto os comerciantes apelam a mais viagens para a reposição do estoque nas lojas.

Em declarações à Inforpress, o operador económico Benvindo Gomes salientou que actualmente o navio Kriola tem feito a sua ligação semanal como era de costume e tem trazido mercadorias que estão a abastecer as lojas.
No entanto, lamentou o facto de o navio só transportar alguns paletes de mercadoria e não um contentor que poderia abastecer o estoque por completo.
“Para passageiros, podemos dizer que está tudo bem, mas nos congelados estamos com problemas e agora é aguardar o navio 13 de Janeiro, que é um barco de carga e poderá trazer mais mercadorias. Deviam autorizar a viagem deste navio mais vezes durante o mês e não teríamos ruptura de alimentos na ilha”, disse.
Marco Giandinoto, que é proprietário de um Hotel em Nova Sintra, ressaltou que a situação na área turística neste momento não melhorou, tendo em conta que os turistas ainda não estão a confiar nas viagens para a Brava.
Mas, disse esperar que nos próximos dias venha a melhorar e que a ilha possa receber turistas de todos os lugares.
“Nos últimos dias vieram alguns grupos de clientes, mas reclamaram da dificuldade de conseguirem passagem para a ilha Brava. Penso que a CV Interilhas tem de organizar melhor as vendas das passagens porque no Fogo estão a comprar todas as passagens e nós na Brava estamos a ficar prejudicados”, reclamou.
Aquele operador turístico realçou ainda que a Brava não possui um aeroporto, portanto sugeriu que a ilha deve ter sempre acesso aos bilhetes de transporte marítimo.
“A maioria dos bilhetes com destino Praia-Fogo e vice-versa são vendidos na ilha do Fogo o que é injusto, porque nós não temos aeroporto o único meio de entrar ou sair da ilha é via marítimo, por isso penso que a empresa deve ter mais atenção nesta questão”, concluiu.
As donas de casas, ouvidas pela Inforpress, disseram que a situação dos produtos nas lojas tem estado a voltar à normalidade, embora algumas vezes faltam alguns artigos que se não forem encontrados num dia poderão ser encontrados depois.