Brava: Proprietários das barracas convictos de que movimentação vai melhorar nos próximos dias

Os proprietários das tradicionais barracas de São João, instaladas em Nova Sintra, dizem-se convictos de que a movimentação vai melhorar nos próximos dias embora, do dia da abertura, 03 de Junho, até hoje não haja que reclamar.

Jun 8, 2023 - 04:51
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Brava: Proprietários das barracas convictos de que movimentação vai melhorar nos próximos dias

Os proprietários das tradicionais barracas de São João, instaladas em Nova Sintra, dizem-se convictos de que a movimentação vai melhorar nos próximos dias embora, do dia da abertura, 03 de Junho, até hoje não haja que reclamar.

Em declarações à Inforpress, Dulceneia Rodrigues, da localidade de Furna, disse que há mais de 20 anos, no mês de Junho, passa um mês na barraca que é onde ela vende, confecciona os pratos e há também espaço para descansar.

Segundo a mesma fonte, nesta época é possível fazer uma venda melhor, por isso, sempre sobe à Nova Sintra para se instalar e este ano, desde a abertura oficial que aconteceu no passado dia 03 de Junho, não há que reclamar e as expectativas são as melhores, acreditando que com o aproximar dos dias das festas do Santo padroeiro e do Dia do Município, comemorados a 24 de Junho, a movimentação vai ser “melhor ainda”.

Questionada sobre o que tem a oferecer aos clientes, informou que possui um pouco de tudo, desde café “terra, terra” com cachupa e outros condimentos, almoço, jantar, mas também há bebidas, petiscos e pratos especiais, como mariscos, entre outros.

Logo ao lado, pois as barracas são coladas umas às outras, encontramos a Samira Pereira, que está a participar pelo quinto ano, e é movida pelo “correr atrás de um pão e um ganho melhor”, reforçando que trabalho na ilha está escasso, daí que seja necessário procurar sempre formas de garantir o sustento.

Além disso, destacou que é um local onde convive, diverte e sai da rotina, confiante de que a partir do dia 18, com a visita dos emigrantes e pessoas das outras ilhas a movimentação deverá ficar mais forte.

Manuel Lobo é um proprietário que veio da ilha do Fogo pela primeira vez participar nessas actividades de São João e também abrir uma barraca, por curiosidade e como uma forma de apresentar uma gastronomia diversificada e balanceada.

Pois, conforme disse, além de bebidas, vinhos do Fogo, há também pratos típicos do Fogo, da Brava e outros pratos especiais.

Na sua barraca são dois grupos a trabalhar, um substituindo o outro, não tendo assim a necessidade de encerrar, pois enquanto um grupo descansa no quarto da própria barraca, o outro “segura as pontas”.

Até então diz não ter de reclamar sobre a movimentação, mas está convicto de que as coisas vão ficar melhor ainda com a chegada dos emigrantes e visitantes nos próximos dias.

As barracas são feitas com armações de paus de sisal, cobertas com lonas, sob a responsabilidade de cada um dos proprietários e estes também são encarregues para fazer as divisões e enfeitar sua barraca como deseja.

Em cada barraca há o espaço logo à entrada como um bar normal, há espaços reservados, cozinha e local para descansar, onde alguns optam por colocar camas ou colchões para passar esta temporada no local.

Mas, as barracas não servem somente para os proprietários e empreendedores ter algum rendimento, é um local também de encontros e uma forma de sair da rotina diária na ilha que conforme disse João Monteiro, vai ao local conviver com os amigos e desanuviar a cabeça tendo em conta que as opções na ilha são poucas.

Para este ano, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, anunciou que foram abertas 12 barracas, embora as solicitações foram além deste número, mas que o local não tem espaço para abrir mais do que este número.

No espaço, conforme elencou Francisco Tavares, há casas de banho público e uma equipa que vai trabalhar na questão do saneamento, mas mesmo assim, pede à sociedade que se engaje em manter o espaço organizado e limpo, pois haverá contentores disponíveis no local.

No quesito da venda e o consumo de bebidas alcoólicas, o autarca deixou claro que vai continuar com as regras estabelecidas na lei e colocadas em prática todos os anos, proibindo a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, assim como em garrafas de vidros no recinto desportivo durante as festividades.

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