Ex-Autarca da Brava sob fogo amigo, militante do MpD acusa Francisco Tavares de "Manipulação" e "Arrogância"

O denunciante, que se identifica como um militante do próprio partido do ex-presidente, expressou profundo desagrado com a atitude do antigo edil, afirmando que este “continua manipulador, acha que toda a gente lhe deve obediência e prestar-lhe vassalagem, achando o último biscoito do pacote”. Esta declaração sugere uma alegada cultura de imposição e a dificuldade do ex-autarca em aceitar o fim da sua influência política e administrativa na ilha.

O desabafo do militante do MpD não se limita ao comportamento pessoal de Francisco, mas aponta diretamente para a sua gestão enquanto autarca, endossando as críticas feitas anteriormente pelo Bravanews.

O denunciante sublinha que as denúncias feitas pela Bravanews em relação à pessoa do ex-autarca é justificada e tem fundamento nos "sucessivos artigos esclarecedores" que o jornal tem publicado sobre a sua administração.

A principal acusação reside na forma e na "gestão conturbada com resquício de corrupção" que terá caracterizado o seu período à frente da autarquia. Esta é uma denúncia grave que, vinda de dentro do próprio círculo político do ex-autarca, confere peso às alegações feitas pela imprensa local.

O militante faz questão de frisar que o Bravanews foi o "único que teve coragem de desmascará-lo", reconhecendo o papel crucial do jornal em trazer a público questões sensíveis sobre a governação municipal anterior.

As declarações deste militante do MpD refletem o clima de insatisfação dentro de parte do próprio partido no que toca à figura do ex-autarca. A acusação de que Francisco se considera “o último biscoito do pacote” é uma metáfora poderosa que ilustra uma perceção de supremacia pessoal e falta de humildade por parte do antigo líder municipal.

A publicação deste desabafo no Bravanews reforça o debate público sobre a importância da transparência na gestão da coisa pública e a necessidade de responsabilização dos governantes, mesmo após deixarem os cargos. O caso demonstra que a fiscalização e a crítica não vêm apenas da oposição política, mas também de dentro das fileiras do partido que sustentou o ex-autarca, indicando uma possível fratura ou um apelo interno por uma renovação de postura e liderança na Brava.