Ilha Brava: Delegação do MED aposta na redução do abandono escolar e melhoria do ensino

Dec 30, 2015 - 11:46
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Ilha Brava: Delegação do MED aposta na redução do abandono escolar e melhoria do ensino

Cidade da Praia, 30 Dez (Inforpress) - A delegação do MED da Brava traça como “grande aposta” para o presente ano lectivo “aumento do rendimento” escolar, “redução do abandono” escolar dos oito para zero por cento, no secundário, e “melhoria da qualidade” do ensino/aprendizagem.
Esta informação foi revelada à Inforpress pelo delegado da Educação, Amândio Brito, para quem a ilha tem estado “sistematicamente” a deparar-se com um “cenário preocupante” para a educação, relacionada com o fenómeno da emigração, sobretudo para os Estados Unidos da América.
Brito revela que estas saídas têm estado a trazer “grandes preocupações”, inclusive do ponto de vista do investimento, crescimento e desenvolvimento da ilha, com repercussão directa na diminuição do corpo docente e dos educandos, agravado com o reflexo negativo do ponto de vista do interesse do aluno.
“O aluno ao saber que tarde ou cedo vai emigrar, começa a desinteressar-se dos estudos e isto mexe com o seu rendimento, da escola e da ilha na sua generalidade”, assevera Brito, afiançando que se quer atingir a cifra de zero por cento (%) no secundário para se ajustar ao já atingido no básico.
Em relação ao rendimento, disse que no ano lectivo 2014/15 a ilha da Brava atingiu uma taxa de aproveitamento de 71% no Ensino Secundário, e 91.8% no Ensino Básico, o que Brito entende como atingidas as “metas preconizadas”.
Por outro lado, adiantou que as obras para a ampliação e requalificação da Escola Secundária da Brava, em Nova Sintra, iniciadas em Novembro, têm um plano de execução de um ano, mas que está assegurada a continuidade das aulas” sem qualquer sobressalto”.
Quanto ao programa de alimentação escolar, afirma que “funciona plenamente” no quadro de um conjunto de vários programas que integram ainda o transporte escolar, apoio ao pagamento de propinas, saúde escolar, mediante o financiamento da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (Ficase) no quadro do programa de apoio socioeducativo.
Para Amândio Brito, a delegação da Educação consegue fazer funcionar o pré-escolar com o programa de distribuição de refeições quentes para todos os alunos, assim como o ensino básico e uma parte do secundário, sobretudo para os alunos que se desloquem das localidades distantes e oriundos das famílias carentes.
Para complementar este programa, explica, a delegação conta com parceiros “muito importantes” para a ilha como os emigrantes dos EUA e a contribuição e engajamento das famílias e da própria dinâmica do horto-escolar e horto-pedagógico nas escolas.
Em relação a este primeiro ano lectivo, classifica o primeiro trimestre, já findo, de “bem-sucedido” na ilha, alegando que para além da planificação e estabilização, contribuiu para a realização de um conjunto de factores fundamentais para que se possa gerir o ano na tranquilidade.
A ilha da Brava conta actualmente com 350 alunos no pré-escolar, 854 no Ensino Básico, e aproximadamente 640 no Ensino Secundário, para um universo de 26 orientadores no pré-escolar, 54 professores no Ensino Básico e 44 docentes no Ensino Secundário.
A nível das infra-estruturas, o delegado da Educação disse que o pré-escolar encontra-se completamente organizado a cobrir toda a ilha, sendo que todos os jardins infantis foram construídos de raiz, com condições pedagógicas, consideradas indispensáveis para o pré-escolar.
Esta classificação é também, para Amândio Brito, extensiva ao Ensino Básico, argumentando que a este nível a ilha Brava detém “as melhores infra-estruturas” do País, numa altura que a ilha começa a dar os primeiros passos a nível de formação superior mediante a introdução da formação a distância, numa iniciativa do Instituto Universitário da Educação (IUE), virada para os professores.
SR/AA
Inforpress/Fim

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