Ilha Brava: “Procissão no mar é uma forma de agradecer a nossa protectora” – pescador João Teixeira

A comunidade Católica de Furna e os pescadores da ilha Brava veem na procissão de botes no mar, o meio de agradecerem a Nossa Senhora dos Navegantes.

Aug 7, 2018 - 08:27
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Ilha Brava: “Procissão no mar é uma forma de agradecer a nossa protectora” – pescador João Teixeira

A comunidade Católica de Furna e os pescadores da ilha Brava veem na procissão de botes no mar, o meio de agradecerem a Nossa Senhora dos Navegantes.

A maioria dos pescadores e donos dos botes da Brava colocaram hoje as suas embarcações à disposição da comunidade católica e de todos os fiéis que acreditam no poder da santa padroeira desta localidade.

João Teixeira, um dos pescadores da aldeia, disse, em declarações à Inforpress, que “esta já é uma tradição e todos se reúnem para dar a Nossa Senhora volta nesta baía, com alegria e amor no coração”.

Este pescador foi o único que participou nesta procissão com o seu bote a remo, pois, segundo ele, “esta sempre foi a tradição”. “Mesmo que as outras embarcações utilizem motor, eu fico no remo mesmo”, reafirmou.

O pescador explicou, ainda, que utilizando o remo, a procissão fica “mais organizada e previne de alguns incidentes, que muitas vezes são provocados pelo excesso de velocidade, devido o uso do motor”.

Após os rituais religiosos, todos os presentes foram participar no tradicional almoço oferecido pela organização, da qual Carlota Teixeira é a dirigente há quatro anos.

Esta festeira, além de se sentir feliz e realizada, pede que outras pessoas a ajudem a tomar esta responsabilidade.

“Não é que eu faço tudo sozinha, mas todos esperam por mim e tudo fica nas minhas costas”, explicou Carlota.

Para Carlota, tomar uma festa para fazer sozinha “é muita responsabilidade”.

“Há quatro anos que estou sozinha nisso e vou continuar a fazê-la enquanto houver possibilidades. Só queria que outras pessoas entrassem nessa missão comigo e dividíssemos as responsabilidades”, sustentou.

Teixeira explicou à Inforpress que, além de ser ela a festeira, conta com o apoio não só da comunidade local, “mas também de muitos emigrantes que ajudam de uma forma ou de outra”.

A mesma disse que encontrou a festa a ser festejada e vai continuar, pois, “o objectivo é transmiti-la de geração em geração, para não perder a sua essência”.

A festeira do ano 2018 agradeceu os “juízes” qua a apoiaram nesta festa e indicou já os para o próximo ano.

“É uma festa forte e é necessário preparar atempadamente. Sendo assim, é de extrema importância que os membros tenham conhecimento antecipado de que vão participar no próximo ano”, conclui Carlota.

Inforpress/fim

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