Analise desapaixonada do debate entre Janira Almada e Antonio Monteiro - Lucia Cardoso

Mar 5, 2016 - 04:01
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Analise desapaixonada do debate entre Janira Almada e Antonio Monteiro - Lucia Cardoso

Ta djobi pa lado sim!...

Eu, antes de mais, declaro que nao tenho partido, nem candidato, nem preferência. Mas tenho sim um AMOR incrível a esta terra e uma vontade feroz de ver Cabo Verde dando certo com a minha gente a crescer com dignidade e HUMANIDADE, como um povo sensível. E diariamente trabalho nesse sentido, junto das pessoas.

Ora ontem no debate vi uma tentativa de pessoalização e acusação, a costumeira tentativa de desacreditar um e outro que só distrai e tira a atenção do que realmente é importante. E pior, (des)educa o povo politicamente, que fica numa rivalidade picuinhas em que, em vez de se tornar mais crítico e consciente, fica mais rival e intolerante - logo, burro, e facilmente manipulável.

É claro que estamos prestes a escolher um líder (logo, investe-se numa "pessoa") mas estamos a escolher antes de mais, uma VISÃO, uma corrente de ideias que se transformará em atitudes e práticas, em ACÇÃO e consequências na nossa vida quotidiana, na preservação (ou não) do nosso chão, da nossa cultura.

Hoje, na ressaca do evento, vejo tentativas de difamar um e outro, chamando um de arrogante (ou seja, vamos quebrar-lhe a crista, quem pensa que é?) mas quando se mostra mais vulnerável logo lhe tacham uma etiqueta de insegurança e falta de conhecimento do que está fazer (toda a gente é insegura, by the way, é inerente á condição humana). Ou seja, o candidato deve mostrar-se vulnerável e humano mas ainda com garra ou forte e seguro com o perigo de se mostrar arrogante? (...ai...Detesto compartimentações quando a coisa é holística, estando tudo lá). O mesmo do outro lado, que cospe ressentimento e frustração, falando com atitude de conversa de botequim sem apresentar soluções e ideias frescas... minha gente, acho que se precisa aqui de aula de comunicação e carisma, com um discurso de honestidade humana para tocar o coração do povo e se mostrar transparente com vulnerabilidade e consciência das suas limitações e aspirações.

Daqui do meu cantinho de artista aconselho essa sensibilidade aos candidatos, quanto mais HONESTO e SENSÍVEL é o discurso,mais se consegue comunicar as coisas sérias que precisam ser veiculadas.

Por isso vou olhando para um lado e para o outro, avaliando os comportamentos e atitudes até eu perceber as ideias REAIS que estão a ser filtradas por uma máscara de, ora, diplomacia, ora escárnio.

E do POVO, exijo consciência e não rivalidade fútil e interesseira. Meu povo, vamos NÓS tomar vergonha na cara e parar de pôr lume na fogueira só para ver a casa pegar fogo.

Djobi pa lado!

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