Brava: Geofísico descarta possibilidade da derrocada em Fajã d´Água ter causas sísmicas

O responsável da Direcção de Geofísica do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) afiançou hoje que “não há possibilidade” de a derrocada em Fajã d´Água, na Brava, ter sido provocada por actividades sísmicas.

Jan 27, 2023 - 10:08
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Brava: Geofísico descarta possibilidade da derrocada em Fajã d´Água ter causas sísmicas

O responsável da Direcção de Geofísica do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) afiançou hoje que “não há possibilidade” de a derrocada em Fajã d´Água, na Brava, ter sido provocada por actividades sísmicas.

Bruno Faria deu a garantia em conferência de imprensa, no Mindelo, na qual lembrou que a ilha Brava teve uma “crise sísmica bastante intensa” entre 2017 e 2018, mas, que começou a baixar em Setembro de 2017, tendo atingido em 2018 níveis registados antes de 2015.

Entretanto, segundo a mesma fonte, a actividade “aumentou ligeiramente” na semana passada com algumas ondulações, embora “nada preocupante”, somente exigindo alguma atenção dos serviços do INMG.

Mesmo assim, asseverou o geofísico, a derrocada de terra no último sábado, 21, e que deixou a localidade de Fajã d’Água isolada “não tem relação” com tremores de terra.

“Não se pode dizer que a derrocada seja uma consequência directa de actividade sísmica, porque não se verificou nenhum sismo nem antes, nem depois”, reiterou, adiantando que, pelo contrário, a queda das rochas é que provocaram um “pequeno sismo”.

Bruno Faria assegurou “não ser possível” já que a intensidade de tremores de terra registada na Brava não atinge a proporção de provocar queda de rochas. A seu ver, tal ocorrido poderá ter sido originado da natureza do solo, embora, não afaste a possibilidade de haver outras causas.

As actividades sísmicas na ilha, conforme a mesma fonte, estão dentro da normalidade, embora ainda se recompondo da erupção vulcânica, em 2016, do Vulcão da ilha do Fogo.

O geofísico explicou que, contudo, vão continuar a existir movimentos sísmicos na Brava e até em outras ilhas consideradas estáveis neste momento, mas, que “dificilmente” devem ultrapassar a magnitude de 5.1 atingido pelo sismo desta quinta-feira, 26, e que abalou as ilhas de São Vicente e Santo Antão e que foi um dos maiores registados no País.

A localidade de Fajã d´Água ficou isolada no final da tarde do passado sábado, 21, após uma derrocada que além de rocha e terra levou consigo um troço de estrada.

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