Brava: Homens pedem realizações de exames de rastreio do cancro da próstata na ilha

Os homens da Brava apelaram hoje à Delegacia de Saúde e ao Ministério da Saúde para que os exames de rastreio do cancro da próstata passem a ser realizados na própria ilha, pelo menos uma vez por ano.

Nov 21, 2025 - 06:51
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Brava: Homens pedem realizações de exames de rastreio do cancro da próstata na ilha

Os apelos foram feitos publicamente durante uma conversa aberta dedicada à sensibilização para a importância do diagnóstico precoce, realizada esta tarde pela autarquia, em parceria com a Delegacia de Saúde.

Para os participantes a distância e o custo do deslocamento continuam a ser barreiras críticas no acesso aos cuidados essenciais, pelo que, segundo defenderam, a implementação do serviço no próprio concelho representaria um avanço significativo na prevenção e no acompanhamento da saúde masculina.

Em declarações à Inforpress, o porta-voz-voz dos participantes, Carlos Gabriel, considerou que o evento foi de grande importância e seria bom que fosse repetido mais vezes, porque há pessoas que nem têm conhecimento de que esta doença existe. 

Sublinhou que, por serem da Brava, sabem que o acesso à saúde na ilha é muito difícil, a não ser que venham os especialistas de fora ou então que os pacientes se desloquem à ilha do Fogo para realizar a consulta. 

“Eu já realizei alguma vez este exame, sim, mas fora da minha ilha. Neste sentido penso que seria um avanço enorme termos especialistas aqui para que o exame seja realizado na Brava. De que serve realizar sensibilizações se não temos médicos para realizar os exames?”, questionou.

Por sua vez, o autarca Amândio Brito explicou que a iniciativa, promovida em estreita articulação com a Delegacia de Saúde local, é uma oportunidade criada exatamente para permitir que os homens tenham o acesso à informação, para depois se sentirem sensibilizados e, em consequência disso, decidirem por uma atitude que seja produtiva para uma boa saúde. 

Segundo a mesma fonte, a edilidade está preocupada com a saúde dos munícipes, com a saúde das mulheres, mas também com a saúde dos homens, sendo que esta lógica vem na sequência daquilo que é a relação institucional pretendido.

“A estatística prova que os homens procuram menos a saúde. Portanto, esta é uma parte importante que devemos ter em conta, pois, é preciso agora trabalharmos numa segunda etapa”, ressaltou.

A segunda etapa, concluiu, servirá para articular com as estruturas de saúde, por forma a que um técnico especialista possa se deslocar à ilha  e permitir que os homens tenham o acesso à consulta. 

Inforpress/Fim