Familiares da jovem encontrada morta dentro de casa em Santo Antão exigem realização da autópsia fora desta ilha

Os familiares da jovem Adianela Fonseca, natural da Brava, falecida em Santo Antão, exigem a realização da autópsia fora desta ilha, para garantir a imparcialidade no caso.

Jun 26, 2025 - 15:46
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Familiares da jovem encontrada morta dentro de casa em Santo Antão exigem realização da autópsia fora desta ilha
É que o ex-companheiro da malograda é o actual delegado de saúde no Porto Novo.
A jovem de 39 anos que residia, actualmente, em Abufadouro, foi encontrada inanimada pelo próprio delegado, em sua casa no passado domingo, 22, do corrente mês e foi transportada para o hospital local onde viria a falecer, mas, até ao momento, são desconhecidas as causas da morte.
De acordo com uma fonte familiar, até ao momento não foram autorizados a ver o corpo da mulher que tinha um “relacionamento conturbado” com o ex-companheiro.
“Esse relacionamento foi marcado por sofrimento psicológico, traições e episódios que chegaram a requerer intervenção da polícia. Amigos e familiares sabiam do seu sofrimento, mas ela, como tantas mulheres, tentava recomeçar silenciosamente, sempre priorizando o bem-estar dos filhos”, contou.
Segundo a mesma fonte, a jovem “Nela” conforme era conhecida, viajou com os filhos para Porto Novo e participou no desfile da festa de São João, tendo a mesma publicado fotos às 6:00 da manhã de domingo, no entanto as imagens desapareceram das redes sociais.
“O seu telemóvel está agora sob posse do ex-companheiro, o que levanta sérias suspeitas sobre o apagamento das provas. Segundo a versão apresentada pelo ex-marido, ao chegar à casa acompanhado de um amigo, encontrou Adianela caída no chão da casa de banho e disse que pensou, inicialmente, que ela estaria a brincar, mas ao tentar levantá-la, percebeu-se que estava inconsciente”, relatou a fonte.
“Ele disse que tentou reanimá-la, mas infelizmente, ela faleceu no local e que em seguida, levou o corpo ao hospital. Não está claro se a Polícia Nacional ou a Polícia Judiciária foram accionadas antes ou depois do transporte. Esse facto, por si só, levanta dúvidas legítimas sobre o protocolo seguido e a preservação do local”, argumentou.
Neste sentido os familiares “exigem” o afastamento imediato e preventivo do delegado de saúde até à conclusão das investigações e pedem o acesso da família ao corpo e às informações oficiais, com total transparência.
Depois da realização da autópsia os familiares desejam que os restos mortais da Nela sejam transportados para a sua terra natal, onde poderão despedir da mesma e dar um enterro digno junto dos seus entes queridos.
A mulher deixou dois filhos menores, fruto do relacionamento com o médico, e um maior de um outro relacionamento.