Águabrava prevê “importantes investimentos” no sector de abastecimento de água na região Fogo/Brava

A Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) prevê para este ano “importantes investimentos” no sector de abastecimento de água nas ilhas do Fogo e Brava, disse o administrador/delegado, Rui Évora.

Jan 5, 2020 - 14:47
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Águabrava prevê “importantes investimentos” no sector de abastecimento de água na região Fogo/Brava

A Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) prevê para este ano “importantes investimentos” no sector de abastecimento de água nas ilhas do Fogo e Brava, disse o administrador/delegado, Rui Évora.

A nível da ilha do Fogo a empresa vai continuar a reforçar a introdução de energia foto voltaica no processo de captação e abdução de água, perspectivando a construção de “mais cinco ou seis parques solares”, que irão permitir reduzir os gastos com a energia convencional na ordem dos 20 a 25 por cento (%).

A construção dos parques foto voltaicos representa um investimento na ordem dos 30 mil contos, devendo a empresa contar com o co-financiamento da Cooperação Luxemburguesa para a instalação de dois parques e os restantes serão assumidos pela própria empresa.

Com a materialização dos investimentos neste sector, a Águabrava passará a dispor de 13 parques foto voltaicos para produção de energia solar para o sistema de exploração e distribuição de água.

Para além da construção dos parques solares, a Águabrava vai executar a empreitada de melhoria das condições de gestão de sistema de captação e abdução de stock de água para rega na zona sul da ilha do Fogo, um projecto orçado em cerca de 40 mil contos e financiado pelo Governo de Cabo Verde.

O montante deste projecto poderá atingir  os 60 mil contos, explicou Rui Évora, devido a sua reformulação e revisão, sendo que as intervenções vão centralizar-se a nível dos furos de captação de água subterrânea, condutas adutoras e elevatórias e reservatórios para armazenamento de água, criando as condições para gestão e fornecimento de água para agricultura e pecuária na zona sul da ilha.

Outra acção que consta do pacote de investimento para 2020 é a abdução de água a Ponta Verde de Cima (norte de São Filipe), orçado em cerca de 15 mil contos, e que vai ser suportado pelo Governo de Cabo Verde em parceria com a Águabrava e a câmara de São Filipe, devendo as obras iniciarem no primeiro trimestre de 2020 e com duração prevista de seis meses.

Outro investimento “muito esperado” no sector de abastecimento de água e considerado de importante pelo administrador/delegado, é  abdução de água a Campanas de Cima a partir de Lomba, um projecto orçado em cerca de 70 mil contos e que será financiado pela Águabrava, com a comparticipação de câmara de São Filipe.

O início deste projecto está calendarizado para o primeiro semestre de 2020, segundo Rui Évora.

Para a ilha Brava perspectiva-se a construção de uma unidade de dessalinização com capacidade para 300 metros cúbicos/dia, para ultrapassar a situação actual de deficit de água para o abastecimento à população, cobrindo assim a crescente demanda da ilha, disse Rui Évora.

A mesma fonte indicou que este projecto deverá ser financiado pela Cooperação Luxemburguesa, contando com a comparticipação do Governo, Águabrava e Câmara Municipal da Brava, no valor global de dois milhões e seiscentos mil euros, cerca de 290 mil contos.

Ainda para a ilha Brava será concluído, dentro de quatro meses, “no máximo”, a construção da unidade de dessalinização de água de Furna, que irá permitir a produção de cerca de 20 metros cúbicos/dia, completamente alimentado por energia solar e uma produção global recorrendo a energia convencional, na ordem dos 60 metros cúbicos/dia que, segundo Rui Évora, será suficiente para satisfazer a demanda da população de Furna.

Além destes investimentos considerados de mais importantes, o administrador/delegado da Águabrava indicou que outras realizações serão executadas no ano de 2020 no sector de exploração de água.

Assim, apontou que o orçamento da empresa para o ano económico de 2020 ronda os 220 mil contos e que para a realização de parte dos investimentos previstos a empresa terá de recorrer a empréstimo bancário no montante de 150 mil contos.

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