2016 O Ano de Todas as Decisões

Jan 7, 2016 - 13:05
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2016 O Ano de Todas as Decisões

Será um decisivo, pois, os Cabo-verdianos serão chamados às urnas para decidirem o rumo que querem dar ao país, ao nível governamental, autárquico e presidencial. O historial das eleições democráticas em Cabo Verde e as projeções eleitorais não deixam dúvidas: a governação oscilará entre o MPD e o PAICV, os dois maiores partidos em Cabo Verde.

O ano que se inicia Irá definir o futuro do país para os próximos anos, daí ter uma importância vital na vida democrática do Estado. Porém, é necessário que se faça um debate profundo sobre o país, para que os eleitores possam ir às urnas conscientes dos projetos políticos que irão sufragar. Para isso, os partidos políticos terão uma responsabilidade acrescida, no sentido de promoverem debates esclarecedores sobre o país, para que a população tenha soluções governativas que vão ao encontro das suas reais necessidades.

Estas eleições irão acontecer num período em que o país atravessa a maior encruzilhada da sua história, pois, os avanços do país nas últimas décadas, como elevação a categoria de rendimento médio, exigirá que o país caminhe com os seus próprios pés e isso implicará um crescimento económico sólido. Perante este cenário, as próximas eleições serão decisivas para o futuro do país e requerem estratégias que consigam alavancar a economia de forma consistente. Por outro lado, é chegado a hora dos investimentos realizados no capital humano, na educação, na infraestruturação do país, no processo de transformação, começarem a ter impacto real no desenvolvimento do arquipélago e substituírem o endividamento externo pela criação de riqueza.

As eleições autárquicas marcarão, igualmente, o próximo ano. As autarquias no país têm uma grande responsabilidade governativa, pois, são o poder mais próximo das pessoas e com muitas atribuições no que diz respeito ao desenvolvimento local. Ao contrário do que, muitas vezes, se passa a ideia, o poder autárquico tem uma grande relevância no contexto local e, também ele, deve ser chamado a coação no sentido de promover políticas adequadas que sejam um contributo para o desenvolvimento da economia nacional. È necessário um debate profundo sobre o poder autárquico em Cabo Verde, no âmbito das suas competências e atribuições, para que se delimite de uma forma mais esclarecedora as suas atribuições, que a lei tipifica, mas que o jogo político-partidário confunde.
O que se espera dos partidos é que debatam abertamente os caminhos que propõem, para que haja o desenvolvimento desejado e o país possa debelar os graves problemas socias e económicos com o qual se tem batido nomeadamente, o desemprego, a pobreza, a insegurança, as assimetrias regionais, que são problemas que devem merecer primazia nos programas eleitorais. Por outro lado, é necessário, a meu ver, uma renovação profunda nas listas a apresentar ao eleitorado, pois, não se podem resolver problemas novos com soluções antigas e os partidos políticos não podem ser entidades fechadas, mas organizações abertas a participação de todos os cidadãos.

Espera-se que nestas eleições haja, de facto, uma discussão séria sobre o país, que a Democracia seja reforçada e as ideias renovadas, para que juntos possamos construir um Cabo Verde de futuro.

Jonathan Vieira

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