Brava: Participante na formação em auto-emprego e criação de pequenos negócios “exige” kit prometido

Uma participante da formação em auto-emprego e criação de pequenos negócios, ministrada no mês de Julho, na ilha Brava, pede explicações por não ter recebido o seu kit, conforme o prometido.

Dec 5, 2018 - 10:15
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Brava: Participante na formação em auto-emprego e criação de pequenos negócios “exige” kit prometido

Uma participante da formação em auto-emprego e criação de pequenos negócios, ministrada no mês de Julho, na ilha Brava, pede explicações por não ter recebido o seu kit, conforme o prometido.

Carina Gomes participou numa formação realizada em meados de Julho, que foi ministrada numa parceria entre a Câmara Municipal da Brava, o IEFP e a PROEMPRESA, em que participaram 10 jovens.

No final desta formação, os participantes teriam que elaborar alguns projectos, e os sete melhores seriam financiados kits que lhes permitiam criar o seu próprio negócio, de acordo com a área de actuação de cada um.

Mas, no final da formação, decidiram financiar nove dos projectos e Carina Gomes estava neste grupo.

Passados quatro meses do final da formação, alguns dos participantes receberam os seus kits, ficando de fora apenas o da Carina e um de uma outra participante.

Em declarações à Inforpress, Carina Gomes explicou que a sua indignação deve-se ao facto de estar a tentar informações através dos contactos disponíveis, aos quais teve acesso na altura da formação e nenhum deles dão um feedback sobre o que realmente estará a passar.

De acordo com a mesma fonte, o seu kit está orçado em 98 mil escudos, e está aguardando os materiais para iniciar o seu negócio.
Carina Gomes adiantou que além de ter participado na formação de pequenos negócios, tem uma formação na área de bijutarias artesanais e técnicas produtivas com cabedal.

Com o projecto, a empreendedora pretende confeccionar sapatos, bolsas, bijutarias e conforme a mesma, a sua preocupação é resgatar o seu kit para começar a trabalhar.

“Quando estávamos a elaborar os projectos pediram-nos para colocarmos a data de início das actividades o mais cedo possível. Para quê? Eu participei na formação porque quero ter a minha fonte de rendimento e é por isso que quero saber o que aconteceu com o meu kit”, questionou Carina.

Contactado pela Inforpress, o IEFP na ilha do Fogo, através do responsável do Projecto Iniciativas Locais, Regionais e Emprego, e o director, José Pina, explicou que realmente a participante foi contemplada com o kit, mas que não esteve entre os sete primeiros seleccionados.

Entretanto, o mesmo adiantou que tem dado o feedback à beneficiadora sempre que ela procura este serviço e que tem sofrido “demasiada pressão por parte dos familiares da mesma”.

“No início, eram sete projectos que iríamos beneficiar com kits. Só que analisando os projectos, vimos que o da Carina e o de uma outra participante, tinham potencial de viabilidade e entrando em contacto com os formadores, disseram que não só tinha como crescerem na área na ilha e mesmo as promotoras dos outros dois projectos tinham a possibilidade de levá-los adiante”, explicou o dirigente.

José Pina lembrou que o centro do IEFP no Fogo não possui autonomia para financiar estes kits e que na altura de enviar à entidade financiadora os resultados, foram enviados os sete primeiros e só depois os outros dois, que não estavam no contrato inicial.

Neste momento, assegurou, está-se a aguardar para a entidade financiadora, Política Integrada, da Cooperação Luxemburguesa, enviar o recibo e assim prosseguir com a entrega do kit.

De acordo com José Pina, há um compromisso e vão continuar a promover emprego e que se não tivessem interesse nisso não contemplavam os dois últimos projectos.

Inforpress

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