Cabo Verde Apreende 21 Apartamentos e Dois Estabelecimentos em Investigação Europeia de Fraude e Lavagem de Dinheiro
Autoridades de Cabo Verde apreenderam 21 apartamentos e dois estabelecimentos comerciais na ilha do Sal, avaliados em 2,7 milhões de euros, no âmbito de uma investigação europeia sobre fraude e lavagem de dinheiro liderada pela Procuradoria Europeia. A operação integra o caso “Ambrósia”, envolvendo 35 milhões de euros em fraudes fiscais e transações fictícias com produtos como azeite e açúcar.

As autoridades de Cabo Verde apreenderam e assumiram a custódia legal de 21 apartamentos e dois estabelecimentos comerciais, avaliados em 2,7 milhões de euros, na ilha do Sal, no âmbito de uma investigação europeia sobre fraude e lavagem de dinheiro que também envolve Portugal. A informação foi divulgada esta sexta-feira pelo Ministério Público.
As buscas ocorreram na terça-feira, em residências e empresas na ilha do Sal. Um suspeito foi interrogado durante a operação, que resultou na apreensão de imóveis, incluindo 21 apartamentos e duas lojas situadas num edifício, com valor estimado de 2,7 milhões de euros.
A operação foi conduzida a pedido da Procuradoria Europeia em Lisboa, no âmbito da investigação denominada “Ambrósia”, que apura um esquema de fraude avaliado em 35 milhões de euros, relacionado com produtos como azeite, óleo e açúcar.
O Ministério Público de Cabo Verde, a Polícia Judiciária e o Departamento de Investigação Criminal da ilha do Sal participaram nas diligências, acompanhados por um analista da Procuradoria Europeia.
Segundo a acusação apresentada em julho no Tribunal Central Criminal de Lisboa, a rede criminosa utilizava documentos falsificados para simular transações e evitar o pagamento de IVA, comercializando os produtos a preços abaixo do mercado.
As investigações também decorrem em Portugal, Espanha e França, com o apoio da Autoridade Tributária portuguesa.
Até ao momento, três arguidos encontram-se em prisão preventiva e um está em prisão domiciliária. Caso sejam condenados, poderão enfrentar penas de até 25 anos de prisão. As empresas envolvidas arriscam-se a multas avultadas e até à dissolução judicial.
A Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde destacou que esta operação decorre no âmbito de acordos de cooperação internacional com Portugal.