Primeiro-Ministro de Cabo Verde apresenta queixa-crime contra cidadão por acusações difamatórias
O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, apresentou uma queixa-crime contra Alex Évora por difamação, após acusações de que seria sócio da CV Interilhas e estaria a beneficiar financeiramente do setor de transportes marítimos. UCS considera as declarações falsas e prejudiciais à sua honra e à imagem do Governo, defendendo a necessidade de responsabilização judicial.

O Governo de Cabo Verde informou que o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva (UCS), apresentou uma participação criminal junto da Procuradoria-Geral da República contra Alex Évora, cidadão residente nos Estados Unidos e administrador da página de Facebook "Alex Evora Green Arts".
A ação surge após a divulgação de um vídeo nas redes sociais, no qual Évora acusa UCS de ser sócio maioritário da empresa CV Interilhas, insinuando que o Governo estaria a bloquear o desenvolvimento do setor de transportes marítimos em benefício próprio. Segundo o Governo, neste mesmo vídeo, Alex Évora também afirma que subsídios e apoios financeiros à CV Interilhas seriam direcionados a UCS.
O Primeiro-Ministro considera as acusações “graves e absolutamente falsas”, sublinhando que estas lesam de forma intencional a sua honra, reputação e imagem pública, bem como a do Governo. UCS afirma que, embora compreenda que a exposição pública acarreta críticas, não pode aceitar imputações caluniosas que visam o "assassinato de carácter" disfarçado de notícia ou disputa política.
O Governo reforça que a liberdade de expressão é um direito fundamental, mas que não pode ser usada como pretexto para violar os direitos e dignidade dos cidadãos. Ulisses Correia e Silva defende que é dever de todos combater esse tipo de comportamento para proteger os valores do Estado de Direito Democrático.
A participação criminal visa que o acusado responda judicialmente pelos danos causados à honra e ao sofrimento moral do Primeiro-Ministro.