Crise no transporte marítimo na ilha com o proprietário do Hotel Djabraba's Eco-Lodge denunciando abusos" da CV Interilhas e questionando se não se trata do momento dos bravenses se rebelarem
Cidade de Nova Sintra, 9 de Novembro de 2025 (Bravanews) - A crise no transporte marítimo inter-ilhas de Cabo Verde, com graves consequências para a ilha Brava, ganhou um novo e inflamado capítulo. O proprietário do Hotel Djabraba's Eco-Lodge, na ilha Brava, usou as redes sociais para desferir um ataque veemente à concessionária CV Interilhas, acusando a empresa de uma série de falhas graves que, segundo ele, têm prejudicado o povo cabo-verdiano e a Brava em particular, com consequências profundas no comércio, no turismo e na população local.
Marco Agostino Giandinoto, num desabafo disse que “a CV Interilhas sempre foi uma empresa pautada pela desorganização, incompetência, desrespeito pelos clientes, mentiras constantes e chantagem contra o governo! Até quando terá o povo cabo-verdiano de suportar estes abusos?! Chegou a hora de se rebelar?"
As fortes críticas do dono do Djabraba's Eco-Lodge, ecoam um sentimento de frustração generalizada que tem sido manifestado por passageiros, empresários e autoridades locais em relação aos serviços da CV Interilhas. A empresa tem sido alvo constante de queixas sobre atrasos e cancelamento, avarias e problemas no acesso e reservas de passagens.
O apelo a uma "revolta" sugere um nível de exasperação que vai além da simples reclamação, sublinhando o impacto negativo que a alegada má gestão do transporte marítimo tem na vida quotidiana das ilhas, na economia local, e, particularmente, no turismo de ilhas como a Brava, que dependem crucialmente das ligações inter-ilhas.
A CV Interilhas, que detém a concessão dos transportes marítimos, já veio publicamente reconhecer em momentos anteriores a necessidade de melhorar a qualidade dos seus serviços, mas a persistência das denúncias indica que as melhorias prometidas ainda não se fizeram sentir de forma eficaz no terreno.
As autoridades sobre as novas e duras acusações, mas o desabafo do hoteleiro coloca novamente no centro do debate a gestão da concessão e a necessidade urgente de soluções que garantam a regularidade, a segurança e a dignidade do transporte marítimo no arquipélago.
















