Brava: CPR do PAICV considera que empréstimo bancário da autarquia dita a morte da gestão do município

O presidente da Comissão Política Regional (CPR) do PAICV na Brava considerou hoje que o empréstimo bancário que a Câmara Municipal da Brava vai solicitar à banca vai ditar a “morte da gestão do município”.

Jul 3, 2023 - 16:16
Jul 3, 2023 - 16:17
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Brava: CPR do PAICV considera que empréstimo bancário da autarquia dita a morte da gestão do município

O presidente da Comissão Política Regional (CPR) do PAICV na Brava considerou hoje que o empréstimo bancário que a Câmara Municipal da Brava vai solicitar à banca vai ditar a “morte da gestão do município”.

Em conferência de imprensa, Carlinhos Martins, realçou que esta solução encontrada pela autarquia, gerida pela equipa do Movimento para a Democracia (MpD), “ditará a morte da gestão do município da Brava”, acusando ainda a equipa de também estar a “preparar-se para arranjar dinheiro para iniciar a próxima campanha eleitoral, que será daqui a um ano”.

Segundo este dirigente, esta é a “pior decisão” que a Assembleia Municipal da Brava já tomou para o futuro da ilha, quando na primeira sessão ordinária deste ano, realizada a 20 de Junho de 2023, aprovou, embora com votos contra do PAICV, a autorização para que a equipa camarária fizesse um empréstimo bancário no valor de 120 mil contos, “um valor exorbitante para a realidade do município”.

Neste momento, o presidente da CPR avançou que a dívida do município é de 89.791.610 escudos e deste valor, 79.575.244 escudos é a dívida que possui com a banca, com o compromisso mensal de pagar o valor de 754.000 escudos.

Entretanto, alertou que “a dívida do município com este novo empréstimo será de 120.000.000 escudos, passando a pagar o valor de 808.000 escudos mensalmente em 240 prestações, ou seja, durante 20 anos”.

Conforme explicou este político, serão 20 anos, o que quer dizer que depois desta gestão “gastar todo o empréstimo em alguns meses, nenhum outro governo local que resultar das próximas cinco eleições seguintes poderá ter margem para fazer novos empréstimos”, considerando que o Estado de Cabo Verde não irá nem assumir esta dívida e nem aumentar o fundo para o financiamento do município da Brava para cobrir as despesas, reforçando que anualmente, a câmara recebe o valor de 77.667.838 escudos.

“Esta câmara demonstra que não é capaz de mobilizar nenhum recurso fora do Estado, vai aos bancos para buscar valores para a sua gestão corrente, que obviamente falhou”, considerou, reforçando que o PAICV na Brava traz isso ao público, para demonstrar a “gravidade da situação” e expor a nu a “falhada gestão” da actual equipa.

Carlinhos Martins diz ainda que a ilha é “esquecida pelos governantes, e gerida por políticos incompetentes e sem ideias para aproveitar as suas enormes potencialidades”, e que caso nada for feito a ilha vai continuar na cauda de Cabo Verde em matéria de desenvolvimento.

Para finalizar, a CPR do PAICV diz esperar que “algo seja feito para impedir ou limitar que governantes incompetentes possam se aproveitar dos recursos deste município para fazer gestão danosa, dilapidando o erário público sem apresentar resultados”.

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