Nilson Mendes, que falava à imprensa à margem da acção de capacitação destinada às Redes Locais de Protecção da Criança e do Adolescente,
sublinhou que para pôr termo a esse flagelo a responsabilidade tem de ser de todos, desde as instituições, comités e também da sociedade civil.
O coordenador deste plano do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) reforçou ainda que todos os cidadãos da ilha Brava têm a responsabilidade de também ajudar a pôr fim a esta problemática.
“Cada um de nós quer seja pai ou mãe, amigo, vizinho e, ou seja, toda a comunidade civil está engajada nesta luta e por isso estamos aqui a apelar à colaboração de todos nesta campanha que também é de prevenção”, disse.
Segundo aquele responsável, o plano tem directrizes de reforçar a capacidade dos comités municipais e dar resposta em prol da protecção dos direitos das crianças e adolescentes na Brava.
O ICCA, informou, tem neste momento apenas um registo da denúncia de um suspeito deste crime na “ilha das flores” e a nível nacional conta com 80 denúncias, na maioria da faixa etária de 13 a 17 anos, o que inclui a Brava.
Por sua vez, o delegado da Educação da Brava, Virgílio Pires considerou que o momento é propício para este tipo de ateliê, tendo em conta que a escola se encontra num período de férias e os meninos podem estar numa situação mais vulnerável.
O encontro contou com a participação de vários membros do comité, professores e responsáveis de instituições na ilha, traduzindo-se num momento de sensibilização e passagem de informações, mas também articulações entre diferentes instituições.
“Isso vai ajudar a reduzir e até mesmo pôr fim a esta problemática que é a violência sexual contra criança e adolescente”, concluiu.