Relação Cabo Verde Fast Ferry e comerciantes da Brava de mal a pior

Cidade Nova Sintra, 23 Jan (Bravanews) - A relação entre comerciantes da Brava e a companhia marítima Cabo Verde Fast Ferry vai de mal a pior, com a companhia a ser criticada pelo descaso e falta de consideração para com a ilha Brava e o comercio local.

Jan 23, 2018 - 14:16
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Relação Cabo Verde Fast Ferry e comerciantes da Brava de mal a pior

Cidade Nova Sintra, 23 Jan (Bravanews) - A relação entre comerciantes da Brava e a companhia marítima Cabo Verde Fast Ferry vai de mal a pior, com a companhia a ser criticada pelo descaso e falta de consideração para com a ilha Brava e o comercio local.

Prejuízos financeiros elevados, transtornos emocionais e desmotivação são alguns dos problemas causados pela desprogramação e falta de informação da Cabo Verde Fast Ferry.

As mudanças de horário repentinas, a rejeição de embarque a ultima hora e a falta de informação tem causados enorme prejuízos no comércio local, segundo um comerciante local, que fala em arrogancia e prepotencia da companhia CV Fast Ferry.

Esta relação que segundo um dos comerciantes tem ido de mal a pior, não se trata apenas do facto do navio Kriola nos “ter brindado com sua longa ausência em finais de semana, mas “principalmente por ter deixado, e isso acontece frequentemente, as nossas viaturas na rampa sem poder embarcar”, avanca Daniel Tavares decepcionado, situação que acontece sem qualquer explicação ou justificação, “o que nos indigna profundamente.

Ontem,  Segunda Feira 22, “fomos comunicados, após o procedimento da pesagem, que as três viaturas com destino a Brava ja nao podia embarcar”, avanca Daniel Tavares, proprietário do Mini Mercado Poupança.

Estes descasos, desprogramação e prepotência, segundo Tavares, coloca à Brava numa situação de desvantagem em relação a outras ilhas, pois ninguém no seu perfeito juízo iria investir numa ilha com estes problemas.

“Tudo isso nos traz transtornos não só financeiros como emocionais e desencoraja-nos de investir na ilha e mais impotentes ficamos quando não ouvimos a voz do Governo nesta matéria delicada, que também é de interesse de toda a população da Brava”, frisou este comerciante, mas concluir de que o navio Praia D’Aguada esteve na Brava e “pegou todo o mundo de surpresa, principalmente comerciantes que frequentemente tem solicitado pelo serviço de carga desta embarcação”.

Presidente da Câmara anterior, Orlando Balla, o actual Presidente Francisco Walter Tavares, ultimamente o deputado David Lima Gomes, todos já tiveram encontros no sentido de ter em atenção a questão da Brava, mas até agora pouco se fez neste sentido.

Francisco Walter Tavares, ouvido sobre este assunto, avança de que neste momento os serviços melhoraram grandemente, mas reconhece que ainda há dificuldades.

Para o edil a CVFF é fundamental no processo de desenvolvimento, pode e deve servir os investidores e “agentes comerciais da Brava, bem como a população da ilha e os que pretenderem nos visitar, de forma satisfatória”.

Tavares reconhece deficiências na prestação de serviço daquele que “é o principal meio de ligação física da Brava às outras ilhas e ao mundo” que poderá  inibir ou aniquilar “qualquer possibilidade de desenvolvimento da ilha”

“Não se pode falar em desenvolvimento de uma ilha se esta estiver com problemas de ligação e até de isolamento”, frisa o edil.

Os problemas, segundo Walter, poderão ser ultrapassados com diálogo entre as partes e para tal disse que já pediu um encontro com a administração da CVFF, onde deve haver representação dos comerciantes, com objectivo de resolver a contento, as dificuldades existentes.

E recomenda prudência e contenção nesta fase, para que o diálogo seja frutífero, “porque afinal o que interessa é ter os problemas resolvidos, a bem da Brava e das suas gentes”, termina.

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